O ano de 2024 começou com a vibe lá em cima, aconteceu este mês no Rio de Janeiro, numa arena montada na Praia de Copacabana, o ‘Breaking do Verão’, que na sua terceira edição elevou ainda mais a temperatura na praia carioca. Realizado pelo Grupo Fábrica, o evento foi apresentado pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, Lei Estadual de Incentivo à Cultura e Petrobras. O festival contou com atletas convidados, além dos vencedores nas eliminatórias na competição. Com o intuito de democratizar ainda mais o Breaking do Verão (BDV), pela primeira vez realizou Cyphers em Fortaleza, em setembro, e Manaus, em outubro. No dia 19 de janeiro aconteceu a Cypher Rio. Os vencedores das eliminatórias de cada região competiram no dia 20 e 21 lado a lado com os grandes nomes do Breaking nacional e internacional.
Foram 16 B-Boys e 16 B-Girls. Entre os B-Boys estrangeiros convidados, B-Boy Phil Wizard, atleta Campeão Pan-americano 2023 e integrante da Seleção do Canadá, que conquistou vaga para os Jogos Olímpicos 2024; B-Boy Lil Zoo, natural de Marrocos, que atualmente mora na Áustria e representa o país nas competições, é membro da tripulação do El Mouwahidin e já conquistou o título do Red Bull BC One, em 2018; o japonês B-Boy Hiro10, campeão Freestyle Sessions 2023, em Los Angeles; B-Boy Matita do Chile; B-Boy Lion; B-Boy Wigor (Polônia); B-Boy Norddiamond e B-Boy Grow da Rússia. B-Boy Lil-G, da Venezuela, entrou após a Cypher Rio, ganhando a vaga.
Nos B-Boys brasileiros, os convidados foram: B-Boy Rato, integrante da Seleção Brasileira, mineiro que foi campeão do Breaking do Verão em 2022 e integrante do Brasilprev Breaking Team; B-Boy Luan San, de São Paulo, integrante da Seleção Brasileira, do Time Petrobras e também do Time Brasileiro da Brasilprev; B-Boy Mascot; B-Boy Gabriel; B-Boy Till e o B-Boy Bart, atual vice-campeão do Red Bull BC One Brasil. B-Boy Kley ganhou a vaga passando pela Cypher Rio.
Entre as B-Girls convidadas, nomes internacionais como a russa B-Girl Kastet; a colombiana B-Girl Luma, representante da Seleção da Colômbia e vice-campeã dos Jogos Pan-Americanos 2023; B-Girl Stefani, nascida na Ucrânia e radicada no Reino Unido, atual campeã do Red Bull BC One Last Chance Paris 2023; B-Girl Carlota, representante da seleção da França e campeã do Red Bull BC One Cypher 2022; B-Girl Ana Fúria, da Seleção da Espanha; B-Girl Celestia (Colômbia); B-Girl Kate (EUA) e B-Girl Isis. A B-Girl Vanessa, de Portugal, ganhou a vaga após a Cypher Rio.
Entre as atletas brasileiras convidadas, a paulista B-Girl Toquinha, integrante da Seleção Brasileira, do Time Petrobras, do Brasilprev Breaking Team e campeã do Red Bull BC One Cypher Brasil 2023; a paraense B-Girl Mini Japa, atual campeã brasileira de Breaking; B-Girl Lívia, medalha de prata no Gymnasiade na França; B-Girl Andressa; B-Girl Ana Raquel e B-Girl Pela. B-Girl Maia ganhou também a vaga na Cypher Rio.
Fernando Bó, idealizador do Breaking do Verão declarou: “Estamos muito felizes com a terceira edição do Breaking do Verão. Pela primeira vez teremos entre os convidados B-Boys e B-Girls vencedores das Cyphers Fortaleza e Manaus, tornando a disputa ainda mais democrática. Também estamos de casa nova, a Praia de Copacabana, em pleno ano de Olimpíadas. Acreditamos que esse movimento será importante para divulgar ainda mais o esporte e torná-lo mais próximo do grande público”.
O time de jurados foi composto pelo árbitro internacional e membro da Comissão de Arbitragem do Departamento de Breaking B-Boy Migaz; B-Boy Rudá, artista trans mineiro que já representou o Brasil em 3 mundiais de Breaking, é coordenador do Núcleo de Pesquisa e História Integrante da Escola Drop Education e dançarino do Cirque du Soleil Bazzar; o colombiano B-Boy Arex; B-Boy Xisco, da Holanda e a B-Girl Movie One, da Espanha. A música é um elemento fundamental para o Breaking, ela quem dá o ritmo às disputas. Durante um campeonato, quem escolhe as faixas é o DJ e o show apresentado é todo pensado no momento presente. No BDV 2024, os DJs à frente dos toca-discos foram Nobunaga, Def e MF.
E os atletas brasileiros, como foram no Breaking do Verão?
Entre os B-Boys e as B-Girls brasileiras, o único a avançar para as semifinais foi o B-Boy Bart, que deixou a competição após perder do japonês Hiro 10.
Grande destaque da Competição
B-Boy Grom – Imagem: ® Russian Dance Photo
O grande destaque da competição foi o menino russo Ruslan Gromov (18), conhecido como B-Boy Grom, mesmo perdendo do campeão Phil Wizard na semifinal, saiu da arena de batalha aplaudido pelo próprio Phil Wizard e ovacionado pelo público. Grom sem dúvida é um dos grandes nomes da nova geração de breakers pelo mundo.
As batalhas finais do Breaking do Verão aconteceram no dia 21 de janeiro. Após disputa com a colombiana Luma, a russa Kastet foi a grande vencedora, se tornando Bicampeã do Breaking do Verão e conquistou o prêmio de 20 mil reais. No time masculino, o canadense Phil Wizard e o japonês Hiro10 mostraram um Breaking da melhor qualidade, limpo e com bastante técnica, agitaram a arena e levantaram o público, que comemorou a vitória do atual campeão Pan-Americano, Phil Wizard. O canadense levou o ouro no Pan-Americano de Santiago no ano passado e já está garantido nas Olimpíadas pela seleção do Canadá.
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Na última semana aconteceu no Velódromo do Parque Olímpico, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, a 2ª edição do “Breaking do Verão”. Foram quatro dias intensos, de muito Breaking e também de muito calor, numa semana em que a sensação térmica no Rio de Janeiro chegou às alturas. De acordo com o Centro de Operações Rio, por meio do Sistema Alerta Rio, a sensação térmica chegou a 54°C às 13h30 e a temperatura máxima registrada ficou na casa de 40,3°C. Ambas as marcas são recorde para a estação deste ano e representam o ápice, pelo menos até aqui, de uma sequência de dias em que o carioca experimentou temperaturas cada vez mais quentes. Nesse calor escaldante, aconteceu o evento concebido e realizado pela agência Fábrica, apresentado pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, Lei Estadual de Incentivo à Cultura e Petrobras, e contou com patrocínios das marcas Cheetos, Redley, Sprite e apoios da Red Bull e Dorflex. O Breaking do Verão reuniu não só brasileiros que vieram de todos os cantos do país, mas grandes nomes internacionais da modalidade que integra os jogos de Paris 2024. Estiveram presentes representantes dos seguintes países: Rússia, Alemanha, França, Argentina, Portugal, Estados Unidos, Cazaquistão, Japão e Holanda. Contando com B-Boys e B-Girls convidados, além dos inscritos nas eliminatórias na competição, que aconteceram nos dias 19 e 20 de janeiro. A competição teve a curadoria técnica de Pelezinho, B-Boy que se tornou o responsável por colocar o Brasil no mapa mundial do Breaking. Ao todo, foram 32 atletas que buscaram o título de melhor B-Boy e melhor B-Girl em solo carioca.
O time de jurados foi composto por nomes conhecidos. Incluem-se o B-Boy americano RoxRite, o primeiro a somar 100 vitórias no Red Bull BC One All Stars, o B-Boy argelino-francês Lilou, um dos nomes mais emblemáticos da cena Breaking mundial, B-Boy Aranha, que integra os coletivos Style Crew, Tsunami All Stars e Darookies e a também brasileira B-Girl Bibi. Durante o evento, na sexta-feira (20) aconteceu um bate-papo com o CNDD Breaking (Departamento de Breaking do Conselho Nacional de Dança Desportiva) sobre as Olimpíadas 2024 e, no sábado (21), um workshop com o B-Boy argelino-francês Lilou. No Domingo (22) uma novidade foi a Cypher Step One.
Na disputa do título, B-Boy Ratoo, segundo os jurados, venceu o holandês Lee. Após o período de duelo entre o brasileiro e o representante da Holanda, os juízes decretaram a vitória e deram o título para o atleta do Brasil. Entre as mulheres, Kastet fez um duelo internacional com a francesa Sarah Bee e levantou o troféu. Outro campeão foi o brasileiro B-Boy Samuka, na Cypher Step One.
Conheça alguns dos atletas Internacionais que estiveram no Breaking do Verão 2023:
B-Boy Victor: Victor Montalvo é um nome bem conhecido na cena do Breaking. Nascido em Orlando, na Flórida, Victor aprendeu os primeiros passos do Breaking com o pai, um B-Boy mexicano. O B-Boy aumentou a coleção de medalhas e troféus ao conquistar em 2022 o título mundial do Red Bull BC One pela segunda vez. Conquistou também o Campeonato Mundial de Breaking. O evento, organizado pela Federação Mundial de Dança Esportiva (WDSF na sigla em inglês), foi o primeiro grande evento do ciclo que terminará com a estreia olímpica em 2024. Acredita que o importante não é ganhar campeonatos ou dinheiro, mas aprender a dançar, curtir o momento e melhorar com o passar do tempo. “Um bom dançarino deve ser humilde e continuar aprendendo, sempre pensando como um aluno”, diz Victor. “Na dança, não há espaço para ciúme ou ego – você deve apenas ser você e manter-se positivo”, finaliza.
B-Boy Amir: B-Boy Amir, que em 2021 se tornou o primeiro cazaque a vencer a Final Mundial do Red Bull BC One. Amir também foi o primeiro campeão mundial do Red Bull BC One que não estava entre os B-Boys convidados. Ele venceu a cypher do seu país e precisou passar pela Last Chance Cypher, até conquistar o título. A dança sempre foi uma paixão. Vindo de uma cidade pequena, onde não havia onde fazer aulas e aprender, ele começou praticando parkour. Um dia, voltando para casa, viu um cartaz anunciando aulas de Breaking. A família não tinha dinheiro para bancar os treinos, e aí? “Eu usava o dinheiro da merenda para pagar as aulas, e por não comer tinha dor de estômago, era difícil me concentrar na escola”, lembra Amir.
B-Boy Lee: Lee-Lou Demierre já tem quase duas décadas de experiência como B-Boy. É isso mesmo: filho de uma talentosa B-Girl, o holandês, membro da crew Red Bull BC One All Stars foi alimentado com uma mistura de Hip-Hop e Breaking praticamente desde o dia em que nasceu. Assim que deu os primeiros passos, Lee começou a imitar os movimentos de sua mãe. “Não lembro da primeira vez que a vi dançando, eu tinha só dois anos”, conta o B-Boy. “Mas minha mãe foi o começo de algo muito maior e eu provavelmente não teria entrado no mundo do Breaking se não fosse por ela”. Em 2010, Lee se juntou ao The Ruggeds, onde conseguiu rapidamente desenvolver um estilo próprio de dança. A originalidade de seus movimentos, que apresentam uma flexibilidade fora do comum – com destaque para o moinho de vento deslizante de sua autoria – logo mostraram que ele merecia um lugar de relevância entre os membros da crew, da qual faz parte até hoje. “A equipe sempre me motiva a continuar me superando. O nível nos treinos é muito alto e isso me faz querer ficar cada vez melhor”, diz. Entre 2020 e 2022, acumulou uma lista impressionante de vitórias solo em batalhas, como Crashfest 2020, Red Bull BC One E-Battle 2021 e Dutch Breaking Solo B-Boy 2022. Ele também venceu a competição LCB 2×2 2022, com seu companheiro de crew Phil Wizard e o torneio World Breaking 2×2 2022, ao lado do B-Boy Link.
B-Boy Alvin: Em 2022, o venezuelano participou da Final Mundial do Red Bull BC One. Com movimentos poderosos, Alvin é membro das crews Formless Corp e Team Vinotinto.
B-Boy Sunni: De Bristol, Inglaterra, B-Boy Sunni começou no Breaking aos 10 anos. Ele lutou por tudo, dormiu em pisos de concreto em Londres e superou lesões para se tornar um Red Bull BC One All Star. Uma de suas maiores inspirações foi o Red Bull BC One All Star, Hong 10. Os destaques da carreira incluem vitórias no Notorious IBE, Unbreakable, Circle Industry, BBIC e Radikal Forze Jam e duas vezes vencedor no UK B-Boy Championship. Ele também chegou às semifinais da competição de dança da TV Got to Dance.
B-Girl Jilou: B-Girl Jilou nasceu na cidade de Freiburg, na Alemanha, foi criada em Colônia e hoje mora em Berlim. Membro das equipes Nin10do e Jimakeno, ela começou no Breaking em 2006 aos 13 anos de idade. Os professores de Jilou foram B-Girl Maren, B-Boy Mighty Mike, Shabba e Shepherd, de sua primeira equipe, Nin10do. Tem um estilo acrobático e explosivo com muitos freezes flexíveis. Fora do Breaking, ela também organiza e coreografa shows. Jilou foi a grande campeã na competição de B-Girls do Breaking do Verão 2021.
B-Girl Ami: Nascida em Saitama, no Japão, B-Girl Ami foi apresentada pela primeira vez à cultura Hip-Hop e à dança aos seis anos de idade, por sua irmã mais velha, e aos 10 já havia desenvolvido um amor pelo Breaking. Ela seria ensinada por alguns dos melhores B-Boys do Japão, incluindo Katsu-One, Taisuke e Wata. Eles ajudaram Ami a desenvolver o estilo “clean Breaking” pelo qual ela agora é conhecida, com seu fluxo suave, trabalho de pés afiados e movimentos de força explosiva, ajudando-a a ganhar vários títulos. Em 2016, ela venceu a competição Battle of the Year 2×2 B-Girl com sua irmã B-Girl Ayu, e em 2017 ganhou o título Silverback Open B-Girl e a competição Undisputed World B-Boy Series B-Girl. Sua maior conquista até o momento chegou em 2018, quando Ami fez história ao se tornar a primeira B-Girl a vencer o Red Bull BC One World Final. Isso foi logo seguido por se tornar a primeira B-Girl a se juntar ao Red Bull BC One All Stars. “Quando ganhei, senti muito orgulho de representar meu país e a mim mesma”, diz ela. “Na época, eu não estava apenas focada em ganhar o cinturão e fazer história, mas também em me divertir”. Em 2019, Ami foi novamente coroada campeão mundial, desta vez no primeiro WDSF World Breaking Championship. Isso levou a entrevistas com nomes como a Forbes, campanhas publicitárias e convites para julgar competições. Ela também estrelaria uma turnê mundial com o Red Bull BC One All Stars. Atualmente morando na prefeitura de Kanagawa, no Japão, Ami continua treinando cinco ou seis dias por semana e espera ter a oportunidade de mostrar seu talento ao redor do mundo. Ela diz: “Aprendi tantas coisas vendo o mundo que nunca teria aprendido se não tivesse me tornado uma B-Girl. Cada lugar que visitei é uma experiência nova e sempre especial para mim. Eu amo conhecer novos dançarinos. Ainda quero visitar tantos lugares e vivenciar cenas e culturas diferentes”, conclui.
B-Girl Sarah Bee: Nascida em Dijon, França, B-Girl Sarah Bee é membro da equipe de dança feminina de todos os estilos, Zamounda. Originária da Argélia, Sarah começou a dançar aos 11 anos. No início, ela não se interessou pela Cultura Hip-Hop até que sua irmã começou a dançar. Em um dia de tédio em sua cidade natal, Sarah foi convidada a acompanhar sua irmã na sessão de dança. Sarah foi e naquele dia tudo mudou para ela. A irmã de Sarah, sua amiga e parceira de dança, Manuela, e sua primeira equipe, Figure2style, inspiraram Sarah Bee no começo. Agora, ela compartilha muito com sua crew, Zamounda, misturando tudo, desde Waacking a Popping, Locking e House, gostando de aprender com seus companheiros, que ela considera sua família. Quando se trata de seu estilo de Breaking, Sarah Bee é rápida, dinâmica e destemida em sua expressão e atitude de batalha. E mesmo que Sarah diga que ainda não é perfeita em sua dança, tendo que praticar seus fundamentos e aprender todos os dias, quando ela dança Sarah se expressa plenamente, o que a faz se sentir livre. Sarah venceu a competição 2×2 B-Girl no evento Battle Of The Year de 2008, com Manuela, especialmente porque ninguém derrotou as B-Girls japonesas que competem no evento todos os anos desde então. Ela já dançou com a Madonna duas vezes. Sarah se sente abençoada por acordar todas as manhãs capaz de dançar, viajar, compartilhar e se apresentar como sua carreira e estilo de vida.
B-Girl Kastet: Nascida e criada na cidade russa de Krasnodar, Natalia Kiliachikhina, também conhecida como B-Girl Kastet, tornou-se uma das destruidoras de maior sucesso do mundo. Foi uma criança ativa que cresceu cantando, dançando e pintando, Kastet começou no Breaking no outono de 2010, quando tinha apenas 12 anos de idade. Na época, ela estava fazendo aulas de dança latina e aprendendo judô, porém, queria experimentar algo que tivesse mais liberdade criativa. Ela decidiu tentar o Breaking e logo se dedicou à forma de arte. Membro da equipe Red Bull BC One All Stars, a maior inspiração de Kastet foi a B-Girl Nadia, uma das melhores B-Girls da Rússia. Ela também desenvolveu suas habilidades graças a seus companheiros de equipe B-Boy Marvel e B-Boy Jerry Metal. Esses nomes ajudaram Kastet a desenvolver o estilo Funk pelo qual ela é conhecida, com sua energia e incrível trabalho de pés, tornando-a uma das dançarinas mais exclusivas da cena. Reconhecida por enfatizar cada movimento e criar passos originais, ela teve muito sucesso internacional. Conquistou seu primeiro título do Red Bull BC One em 2019 e se tornou a primeira competidora da história a defender o título com sucesso, superando a B-Girl Madmax da Bélgica, em uma final épica no ano seguinte, sagrando-se bicampeã mundial. Em 2021, ela ganhou o Campeonato Europeu WDSF de 2021. Tendo alcançado o topo, Kastet ainda continua a desenvolver seu estilo e aprender novos movimentos. Uma grande seguidora da expressão artística, ela quer usar sua criatividade para evoluir constantemente e inspirar outros jovens dançarinos. Kastet ganhou o Breaking do Verão 2023.
B-Girl Carlota: A B-Girl Carlota começou no Breaking aos seis anos na escola primária, onde conheceu seu treinador, que dava aulas. Ela nasceu em Pertuis, uma cidade no sul da França, mas se mudou para Montpellier para estudar e se aprofundar em uma cidade muito maior e mais aberta a evoluir. Adora movimentos técnicos e não é de ficar parada. Quando pressionada a compartilhar seus próprios objetivos com a dança, ela diz: “Quero evoluir sempre o máximo que puder com meu Breaking e nunca me sentir presa na minha dança”.
B-Girl Carito: Nascida e criada em Buenos Aires, Argentina, Carito é membro da equipe Superpoderosas. Ela viu o Breaking pela primeira vez quando sua irmã, que já estava dançando, a levou a um evento quando criança. Ela, então, conheceu a dança em 2006, quando tinha 15 anos, dizendo que tudo começou porque ela queria ir assistir a uma batalha. A entrada era cara, então ela se inscreveu para competir no concurso B-Girl para entrar no evento de graça, sem saber o que faria quando chegasse a sua vez de dançar. Felizmente, nenhuma outra B-Girl se inscreveu para a batalha naquele dia, então, ela não teve que competir, mas isso a fez começar no Breaking. No final daquele ano, ela conquistou uma qualificação para disputar um campeonato contra B-Girls de outras províncias argentinas. Essa oportunidade levou Carito a começar a procurar mais lugares para treinar, e mesmo que a batalha pelo campeonato não tenha acontecido no final, ela continuou dançando. Carito diz que encontrou no Breaking tudo o que procurava na vida. Não teve ninguém para orientá-la no Breaking, Carito aprendeu em sessões de treinamento compartilhadas observando como os outros dançavam e depois praticando o que via. Mas, para se preparar para a final mundial do Red Bull BC One de 2021, ela pediu conselhos a B-Boy Davis, da equipe Stupi2 Punkys, para ajudá-la a aprimorar seus movimentos. Carito descreve seu estilo de Breaking como “doce rapper ninja” e se orgulha de ter chegado às semifinais e finais nos campeonatos Break Free Worldwide. Ela diz que ser convidada para competir no Red Bull BC One World Final 2021 foi a maior conquista de sua carreira. Fora do intervalo, Carito está estudando direito. Sua filha, irmãs, mãe, equipe e amigos são os mais importantes para ela, Carito diz que continuará dançando e praticando.
Fora os competidores nacionais e internacionais, DJ’s, artistas e jornalistas presentes não poderíamos deixar de registrar a presença da nova geração do Breaking do Rio de Janeiro e de São Paulo, que já vem colecionando medalhas e troféus escrevendo a própria história e conquistando o seu espaço. Mesmo não podendo competir no Breaking do Verão devido à idade, pois no regulamento do evento só era permitido acima de 18 anos, eles prestigiaram a competição e iluminaram as Cyphers, lembrando a todos que o futuro já chegou! Destaque para a Cypher Kids do Rio de Janeiro e, de São Paulo, B-Boy Eagle (Dream Kids Brazil), B-Boy Richard e ainda B-Girl Angel do Brasil (Dream Kids Brazil) e B-Girl Mary-D (Street Breakers Crew) ambas medalhistas do Kids no Primeiro Campeonato de Breaking como Esporte da CNDD (Conselho Nacional de Dança Desportiva), realizado em 2022, também em São Paulo.
O Portal Breaking World agradece à organização toda atenção direcionada ao nosso veículo durante o tempo que estivemos na cobertura da 2ª edição do importante Breaking do Verão! Parabenizamos os competidores e ganhadores. Estamos na torcida para que o Brasil mantenha os mesmos resultados por nós registrados no Rio de Janeiro também nos eventos internacionais e, claro, nos Jogos Olímpicos de Paris 2024.
Imagem em destaque: fotomontagem ® Breaking World
B-Boy Ratoo
Imagem: ® Breaking World
B-Girl Carito
Imagem: ® Breaking World
B-Boy Pelezinho
Imagem: ® Breaking World
B-Girl Kastet
Imagem: ® Rudá Albuquerque
B-Girl Kastet e B-Boy Ratoo
Imagem: ® Rudá Albuquerque
B-Boy Victor
Imagem: ® Breaking World
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Evento une esporte, música e cultura urbana no Velódromo do Parque Olímpico, na Barra da Tijuca
Que o berço do Breaking no Brasil sempre será na cidade de São Paulo, coração cultural do Brasil, é incontestável. Mas o Rio de Janeiro, terra de gente alegre e charmosa, tem se destacado no último ano com alguns eventos de esporte e cultura urbana de sucesso. Exemplo é o Breaking do Verão, que aconteceu em 2022 em Madureira e, agora em 2023, volta maior e com força total no Velódromo do Parque Olímpico, na Barra da Tijuca. Com o dobro de dias em relação à última edição, o evento contará com B-Boys e B-Girls convidados, além dos inscritos nas eliminatórias do campeonato, que acontecem nos dias 19 e 20 de janeiro. A competição internacional de Breaking une esporte, música e cultura urbana num único lugar e na curadoria técnica tem o incrível B-Boy Pelezinho, que cresceu em São José do Rio Preto, interior de São Paulo, se tornando um dos responsáveis por colocar o Brasil no mapa mundial da modalidade. O evento é apresentado pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, Lei Estadual de Incentivo à Cultura e Petrobras, patrocínio de Cheetos e Redley e apoio da Red Bull e Dorflex.
Para quem pretende conhecer um pouco mais sobre esse elemento da Cultura Hip-Hop, que agora também é esporte e que tem sua estreia como modalidade olímpica marcada para Paris 2024, o Breaking do Verão é uma boa oportunidade e eu, Luciana Mazza, como carioca que mora em São Paulo há mais de 20 anos e Editora do Portal Breaking World, estarei no evento para conferir cada detalhe.
São de Fernando Bó, idealizador do Breaking do Verão, as palavras: “A segunda edição do Breaking do Verão chega ainda mais forte para dar mais visibilidade a essa nova modalidade olímpica. Estamos trazendo os melhores B-Boys e B-Girls do mundo que estão se destacando em competições internacionais. Além dos convidados, abrimos vagas para quem quiser participar, se tornando um evento mais democrático através de eliminatórias. Acreditamos que essa competição irá fazer com que as pessoas conheçam mais a fundo a cultura e o que está por trás dessa dança desportiva. O Breaking é uma ferramenta de transformação fortíssima e queremos trazer esse olhar para as pessoas”.
Ao todo são 32 atletas em busca do título de melhor B-Boy e melhor B-Girl da 2º edição do Breaking do Verão. Destes, 12 são atletas internacionais, como o americano Victor, campeão do Red Bull BC One Word Final e representante da Seleção Americana de Breaking e Red Bull BC One All Stars, o cazaquistanês Amir, Campeão do Red Bull BC One World Final 2021, a alemã Jilou, atual campeã do Breaking do Verão e representante da Seleção Alemã de Breaking, a americana Logistx, campeã mundial e representante do Underground Flow, BreakinMIA e Red Bull BC One All Stars e a japonesa Ami, campeã do Red Bull Bc One World Final 2018 e atual campeã do World Breaking Championship Korea.
Entre os competidores nacionais, o evento traz nomes como o paraense Leony, atual campeão do Breaking de Verão e da Red Bull Cypher Brazil, B-Boy Luan e B-Girl Toquinha, campeões do primeiro campeonato de Breaking como esporte da CNDD (Conselho Nacional de Dança Desportiva) e B-Girl Maia, campeã da Red Bull Cypher Brazil. Compondo o time de jurados, o campeonato conta com 2 nomes internacionais e 1 nacional, entre eles o B-Boy argelino-francês Lilou, um dos nomes mais emblemáticos da cena Breaking mundial.
Sem dúvida o chão vai estalar nesse grande evento carioca que promete grandes emoções. Confira a programação completa aqui no Portal Breaking World (abaixo) e nas redes sociais @breakingwordloficial.
SERVIÇO
2° Breaking do Verão Local: Velódromo do Parque Olímpico Endereço: Avenida Embaixador Abelardo Bueno, Barra da Tijuca/RJ Ingresso Gratuito Classificação Livre
Imagem em destaque: B-Boy Victor – ® RedBull
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Ele se autodenomina o gringo mais brasileiro de todos. Nascido numa ilha do Caribe chamada Martinique e hoje morando na França, Gaëtan Rodrigo Alin, mais conhecido como B-Boy Lagaet é um dos B-Boys internacionais convidados do “Breaking do Verão”, evento que acontece neste final de semana, no Rio de Janeiro. Lagaet, esbanjando simpatia, deu uma entrevista exclusiva para o Portal Breaking World, falando sobre sua história de vida, sobre sua personalidade na dança, sobre as Crews que faz parte, rotinas de treino, referências na dança e opinou sobre o tema Breaking nas Olimpíadas e países que estão adiantados neste assunto. Ainda revelou que deseja participar das Olimpíadas de Paris 2024 e que está se preparando! Confira a entrevista mais que inspiradora que nosso portal fez com esse B-Boy singular e compartilha a partir deste momento com vocês:
BW: Queria que nos falasse um pouco de você, da sua infância, do país onde nasceu e onde foi criado?
Lagaet: Salve Galera! Antes de qualquer coisa, queria agradecer o Portal Breaking World pela oportunidade, muita satisfação e gostaria de fazer uma menção especial pelo trabalho de pesquisa, pois pelas perguntas vejo que sabem muito bem do que falam, então, muito obrigado por isso. Então, meu nome é Gaëtan Rodrigo Alin, sou mais conhecido por B-Boy Lagaet, represento The Ruggeds e Momentum Crew.
BW: Quando e como surgiu o Breaking na sua vida? Verdade que foi num momento que ainda era criança? E que depois se encantou com os movimentos de Power Move também?
Lagaet: Comecei a dançar no final dos anos 2000. Nasci em Martinique, que é uma ilha do Caribe e lá vivi até os meus 18 anos. Depois, fui viver na Europa. Mas essa ilha tem menos de meio milhão de pessoas, no ano 2000 havia pouca informação. Eu vi nos filmes e gostava muito dos movimentos de luta do Kung Fu, via mortais, capoeira e etc., mas sendo novo e não tendo informação eu não consegui desenvolver nessas coisas. Então, com 11 anos, apareceu um B-Boy chamado Magno e trouxe o Breaking para a nossa escola e foi aí que comecei a gostar, comecei com os mortais primeiro e depois com os Power Moves. Foi com o passar dos anos que fui evoluindo, pois no início eu só queria aprender alguns movimentos e nada mais. Mas, com o passar do tempo, comecei a gostar da comunidade e da Cultura Hip-Hop, apreciando muito a arte e foi aí que comecei a desenvolver mais sobre as outras artes da Cultura Hip-Hop e me aprofundei mais no meu estilo, aprendendo as bases mais de Footwork, de Top Rock, mais de criatividade, elevando mais a minha dança.
BW: Com quem aprendeu a dançar Breaking e ter essa personalidade na dança tão ímpar que o caracteriza até hoje?
Lagaet: Então, naquela época que comecei ainda não tinha internet, era pouca informação. Todos os jovens aprendiam sozinhos. E, depois, uns com os outros e começamos a fazer movimentos. Eu lembro que um cara que veio da França, veio para minha ilha e falou que viu um movimento que chamamos de “louco”, mas era o Air Flare e eu tentava fazer o “louco” sem nunca ter visto e na verdade era o Air Flare! Era uma loucura! O que me fez ganhar criatividade foram os primeiros vídeos que eu vi, que me marcaram muito, me fazendo ver que todos os caras eram diferentes, foi isso que eu me identifiquei. Eu pensei: “para ser bom e para trazer algo de especial, algo meu para essa cultura, para esse movimento, eu teria que ser diferente de todos”! E é isso que eu tento ser e aplicar até hoje. Sou diferente! Quando todos vão para uma direção, eu vou para outra, trazendo algo meu!
BW: Tornou-se membro da Crew Breaf e da companhia MD antes de se juntar às suas atuais equipes, The Ruggeds e Momentum Crew. Fale de sua experiência de fazer parte dessas equipes e como isso influenciou e ainda influencia no seu crescimento como artista?
Lagaet: A minha primeira Crew foi a Breaf Crew, essa praticamente foi um grupo de amigos que começou a treinar juntos, são os meus amigos de infância, com os quais desenvolvi os meus primeiros movimentos do Breaking e continuam a ser os meus amigos bem próximos, que eu guardo comigo até hoje. Depois, apareceu a MD Company, foi a primeira companhia onde eu dancei, graças a ela fiz os meus primeiros trabalhos, onde recebi os meus primeiros cachês e as minhas primeiras viagens no Caribe. Visitamos várias ilhas, para competir e para espetáculos, aprendi as bases da criação e de como estar em um palco. Depois, a Momentum Crew é uma história de amor, somos muito irmãos, cresci muito como pessoa, faço parte há muitos anos e foi com ela que alcancei os meus primeiros resultados internacionais e viajei pelo mundo para competições. A Ruggeds é a minha Crew mais recente, eu já era amigo de vários membros do grupo, tão próximos que foi uma transição que foi feita de uma forma natural, compartilhamos uma mesma visão do Breaking em relação a competições e espetáculos e, nos últimos anos, passei muitas coisas com eles e tempo com eles e continuo!
BW: Como são suas rotinas de treino? E o que, na sua opinião, não pode faltar para quem pretende ser um bom B-Boy ou uma boa B-Girl?
Lagaet: Quem me conhece sabe que sou uma pessoa que gosta muito de treinar, nunca perco uma oportunidade. Eu vejo o Breaking como um vídeo game, em que sou o personagem principal, como no jogo que eu quero uma roupa nova, um carro novo, uma arma nova, um poder novo, o tempo passa e seu personagem evolui, é isso, só que na vida real e com Breaking. Para ser bom se trata de amar o que nós fazemos, amar a nossa arte e fazer isso por nós mesmos, não para parecer bom para outra pessoa, então, acho essa a melhor forma de crescer. Sobre a minha rotina, quando eu era mais novo o meu treino era muito desorganizado, mas agora, com a idade (tenho 33 anos) e o conhecimento que eu tenho, tenho vários treinos diferentes, então, por norma, quando eu chego no treino eu já sei qual será o tópico do dia e o que vou treinar. Não é só o Breaking, mas preparação física, preparação cardio, funcional, entre outras preparações.
BW: Hoje em dia, quais são suas referências no Breaking?
Lagaet: As minhas referências no Breaking são as minhas Crews, as pessoas que me inspiram mais e que compartilho mais, então, são essas que me inspiram. Momentum Crew e The Ruggeds. Me inspiro bem em B-Boys e B-Girls que têm longevidade e que dançam em alto nível.
BW: Em 2011, você foi campeão na Red Bull BC One em Barcelona, em 2012 e 2013, no Raw Circles 2on2, na Bélgica. Agora, em 2021, chegou ao palco da Final Mundial do evento pela terceira vez em sua carreira. Fale um pouco desses eventos, como se preparou para eles? E como se sentiu com os resultados?
Lagaet: Falar da minha vitória em 2011 na Red Bull Barcelona, em 2012 e 2013 no Raw Circles na Bélgica, nessa época o Breaking passava na frente de tudo! Então, eu estava muito a fundo nos treinos e focado na vitória. Hoje em dia, por exemplo, eu vejo as coisas um pouco diferentes, minha vida não para por causa do evento, antes desse evento eu estava numa turnê na Suécia com a minha Crew e eu não parei tudo por causa da Red Bull, já não vejo as coisas assim, pra mim é importante viver o momento, viver a vida e dançar pra mim e, então, é isso, eu vou com esse flow. Danço pra mim e aproveito o momento ao máximo! O resultado pra mim é muito irrelevante, porque depende da visão do júri, depende se eles estão magoados, depende da música que tocar, do chão que vou dançar, então, o Breaking é muito mais importante que o resultado, o impacto que eu causo no coração das pessoas quando me veem dançar ou as pessoas que posso inspirar sobre a minha carreira. Um jovem do Caribe que nasceu numa ilha pequena sem recursos e que consegue viver da dança há mais de 20 anos. Isso é o que mais conta pra mim!
BW: Hoje, o Breaking é uma modalidade olímpica. Como você vê essa transição da Cultura para o Esporte? Que países na sua opinião saem na frente e estão mais preparados para uma realidade olímpica?
Lagaet: Sim, o Breaking é um esporte olímpico hoje em dia, eu fico feliz de ter ajudado Paris 2024 através de apresentações sobre o Breaking, debates com alguns membros do Comitê Olímpico Internacional, eu fiz a minha parte para ajudar o Breaking a entrar nas Olimpíadas. O Breaking será sempre cultural, é um desporto quando falamos da vertente competitiva, é claro que é importante um preparo para esse tipo de competição, ter fôlego, aguentar várias entradas, mas a nossa cultura vai sempre se manter viva, com ou sem as Olimpíadas. Os eventos undergrounds existirão sempre e é isso! O lado positivo disso são os jovens que vão poder viver do Breaking, na minha época os mais velhos olhavam pra mim e diziam: “isso é impossível! Acorda para a vida! Começa a estudar! E vai procurar um trabalho!”. Hoje, tudo isso caminha para virar uma profissão. No Brasil acho que isso não está tão desenvolvido, mas na França, por exemplo, tenho vários apoios do Comitê Olímpico, tenho várias marcas que trabalham comigo e isso me ajuda a viver apenas da dança e focar apenas nos treinos. Isso é ótimo e é o que desejo a todos! Essa é a parte positiva do Breaking ter entrado nas Olimpíadas! Sobre os países mais preparados, na minha opinião é a Rússia e a França, também eles estão bem à frente, mas existem outros países que estão chegando também, como Portugal. Pouco a pouco eu acho que todos os países vão alcançar isso!
BW: Em outros esportes, como Skate, Ginástica Olímpica, Natação, a nova geração está chegando com força e subindo com mais frequência aos pódios. No Breaking, na sua opinião, é possível que isso também aconteça? É importante se preparar e investir na nova geração?
Lagaet: A nova geração tem menos preocupações que os mais velhos que dançam a mais tempo, sendo jovens, são amparados pelos pais, não se preocupam com o sustento, ainda não têm filhos, nem mulher. Eles conseguem focar mais no Breaking com os apoios que existem agora, pelo menos na França conseguem alcançar resultados muito maiores.
BW: As Olimpíadas te atraem? Deseja participar delas?
Lagaet: Sim, desejo participar! Estou me preparando para isso! Principalmente porque será em Paris. Eu vivo em Paris! Seria lindo participar e alcançar bons resultados em casa!
BW: Você está no Brasil, para o evento “Breaking do Verão”, como surgiu o convite para participar e quais são suas expectativas para esse evento? O que tem feito nesses dias no Brasil? Tem algum recado para os brasileiros que vão competir e assistir o evento?
Lagaet: O Breaking do Verão está chegando! Então, foi o Pelezinho que me convidou, nos encontramos na Red Bull BC One e então ele me convidou para o evento e é uma honra para mim poder participar. Eu amo o Brasil e estou aqui todos os anos! E fico vários meses, sempre é um lugar que me sinto muito bem, adoro a galera daqui, sou sempre muito bem recebido. Será a primeira vez que participo de um evento no Brasil, já dei workshop, já fui júri, já fiz espetáculos no Rock in Rio, mas como competidor de um evento de Breaking, será a primeira vez. Estou ansioso!
BW: Fale para o Portal Breaking World quem é o B-Boy Lagaet e quais são seus planos para os próximos anos?
Lagaet: Salve Galera! Salve Portal Breaking World! Eu sou o B-Boy Lagaet da The Ruggeds e Momentum Crew, o gringo mais brasileiro de todos! Estamos juntos! Gratidão pela oportunidade! E sobre os meus planos para o futuro, fiquem atentos! Vocês vão saber! Um grande abraço!
Imagem em Destaque: Little Shao / Red Bull
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Nos próximos dias 19 e 20 de fevereiro acontece no Parque Madureira, que fica entre os bairros de Madureira e Guadalupe, na zona norte do Rio de Janeiro, o evento “Breaking do Verão”. A ideia é mostrar o estilo de dança Breaking que estreia como modalidade olímpica em Paris 2024 e conta com alguns patrocínios: Redley, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, Secretaria Municipal de Cultura, Red Bull e Dorflex.
São de Fernando Bó, idealizador do evento, as palavras: O “Breaking do Verão” chega para dar mais visibilidade a essa nova modalidade olímpica sem perder a verdade. Acreditamos que essa competição irá fazer com que as pessoas conheçam mais a fundo a cultura e o que está por trás dessa dança desportiva. O Breaking é uma ferramenta de transformação fortíssima e queremos trazer esse olhar para as pessoas”, conclui.
Para Pelezinho, que é um dos grandes nomes do Breaking no país e que se tornou o responsável por colocar o Brasil no mapa mundial do Breaking, sendo o primeiro brasileiro a participar de um campeonato internacional, “o Breaking do Verão é um evento internacional que será um marco. Terá a participação de 32 atletas, sendo 16 B-Boys e 16 B-Girls”.