Na última quinta-feira (10), a CNDD (Confederação Nacional de Dança Desportiva) anunciou, por meio de uma live no YouTube, os nomes dos atletas convocados para a Seleção Brasileira Youth de Breaking 2025/2026.
Foram escolhidos 9 B-Girls e 12 B-Boys com idade de 13 a 17 anos.
Nomes como B-Boy Samukinha, B-Boy Jheff, B-Girl Angel do Brasil, B-Girl Keké e B-Girl Mary D, que estiveram em Wuxi, na China em 2024 e fizeram parte da primeira seleção e já estão no ranking nacional e internacional da WDSF, foram confirmados nessa nova seleção, assim como outros novos nomes que tiveram uma grande oportunidade de completar o time dos melhores B-Boys e B-Girls da nova geração do Brasil.
O time foi formado para competir nos eventos oficiais e que pontuam para os Jogos da Juventude em Dakar 2026. Desejamos boa sorte para esses atletas!
Confira todos os nomes convocados pela Confederação (em ordem alfabética, conforme divulgado pela entidade em sua live):
B-GIRLs
B-Girl Angel do Brasil (SP) B-Girl Keké (SP) B-Girl Manuzi (SP) B-Girl Mary D (SP) B-Girl Mendes (SP) Emanuelle Rodrigues (RS) Júlia Duarte De Holanda Cavalca (PB) Nycole Dos Santos (SP) Samara Vitória Guedes Dos Santos (PB)
Protestos, polêmica na internet, emoção e participação da nova geração marcaram a estreia da modalidade nos Jogos Olímpicos.
No último final de semana em uma das praças mais famosas de Paris, Praça da Concórdia, onde tem um famoso obelisco de ponta dourada que domina toda a cidade, aconteceu a estreia do Breaking. No mesmo local onde também foram realizadas as competições do Skate, Ciclismo BMX Freestyle e Basquete 3×3. Uma arena que ficou lotada, a torcida francesa era a esmagadora maioria e vibrou muito com as atletas da casa. Estados Unidos e China estavam atrás, mas com muitas bandeiras. O local foi montado para receber a nova modalidade, inclusive com assentos muito próximos do “palco” para personalidades como Snoop Dogg, que inaugurou o evento, e Bam Adebayo, da NBA.
Na sexta-feira (9) as B-Girls foram as primeiras a duelar na arena, na primeira etapa 16 competidoras foram divididas em quatro grupos. Apenas as duas mais bem avaliadas pelos jurados de cada chave avançaram para as quartas de final. Foi nesse momento da competição que duas B-Girls viraram notícia em todo o mundo. Primeiro, foi a atleta refugiada Manizha Talash, jovem de 21 anos, que fugiu do Afeganistão depois que o Talibã começou a tomar o controle em 2021, ao fazer sua estreia durante a batalha pré-qualificatória, Talash revelou uma capa azul-bebê sob seu suéter estampada com as palavras pedindo a emancipação das mulheres afegãs.
A World DanceSport Federation, que governa o esporte, emitiu uma declaração mais tarde na sexta dizendo que “a B-Girl Talash (EOR) foi desqualificada por exibir um slogan político em seu traje durante a batalha pré-qualificatória”. Ela declarou antes que a competição começasse: “Eu não deixei o Afeganistão porque tenho medo do Talibã ou porque não posso viver no Afeganistão, saí porque quero fazer o que puder pelas meninas no Afeganistão, pela minha vida, meu futuro, por todos”.
B-Girl Talash reinvindicando liberdade para as mulheres afegãs.
Sob o governo do Talibã, o Afeganistão se tornou o país mais repressivo do mundo em relação aos direitos das mulheres, de acordo com as Nações Unidas. O grupo islâmico linha-dura fechou escolas secundárias para meninas, proibiu mulheres de frequentar a universidade. A política da moralidade do Talibã também tem como alvo mulheres e meninas, criando um “clima de medo e intimidação”, de acordo com um relatório da ONU publicado no mês passado.
O segundo caso foi da australiana Rachel ‘Raygun’ Gunn. Depois de não conseguir nenhum voto nas três batalhas que disputou, ela foi duramente criticada e muito ironizada nas redes sociais, mesmo após o termino das Olimpíadas. Muitos internautas hostilizaram a atleta, com comparações de seus movimentos com personagens como Homer Simpson e animais como cachorros e dinossauros. Raygun se defendeu. Em entrevista à TV Nine Network, a australiana de 36 anos se mostrou satisfeita com o que apresentou. “Fiz o que faço de melhor, mostrei minha criatividade, meu estilo, um pouco da personalidade australiana, para tentar conquistar um lugar no cenário mundial”. Em uma mensagem no Instagram, Rachel Gunn disse: ”Não tenha medo de ser diferente, vá lá e se represente, você nunca sabe onde isso vai te levar”.
B-Girl Raygun da Austrália faz performance que virou polêmica nas redes sociais e na imprensa
Além das apresentações de Breaking, ela também é professora da Universidade de Sydney e tem doutorado em estudos culturais. Recentemente, ela representou a Austrália no Campeonato Mundial de Breaking em 2021, 2022 e 2023. Autoridades também se manifestaram sobre o caso, o primeiro-ministro australiano Anthony Albanese, saiu em defesa da atleta, explanou: “Essa é uma tradição australiana de as pessoas tentarem. Ela tentou representar nosso país e isso é uma coisa boa” – afirmou o político. A comunidade do Breaking se uniu para defender a australiana e a modalidade, Martin Gilian, chefe da arbitragem do Breaking na Olimpíada, comentou sobre as notas recebidas pela B-Girl. Conhecido como MGbility, o juiz explicou que as pontuações da modalidade – que foi avaliada por nove árbitros – são dadas conforme comparações feitas entre o que é apresentado por cada competidor. “Temos cinco critérios no sistema de julgamento comparativo. Só que o nível dela talvez não fosse tão alto quanto o das outras competidoras”, afirmou ao jornal britânico Metro. Para Martin Gilian, Rachel não recebeu votos justamente porque ficou abaixo das demais B-Girls: “Suas concorrentes foram melhores, mas isso não significa que ela foi mal. Ela fez o melhor que pode”. Garantiu que a comunidade do Breaking apoia a professora. “Ela estava apenas tentando trazer algo novo, algo original e que representasse seu país.” Entre os movimentos de Raygun estava um em que ela imitava um canguru, animal símbolo da Austrália. “No Breaking, quando você procura por inovações ou originalidade, sempre procura fora da dança. Artes marciais, como os animais se movem, qualquer coisa”, comentou.
Após as polêmicas, as classificadas foram: Sya Dembélé da França, as japonesas Ami Yussa e Ayumi Fukushima, a holandesa India Sardjoe, as chinesas Liu Qingyi (671) e Ying Zi, a ucraniana Kateryna Pavlenko e Dominika Banevi, da Lituânia. A partir de então, as batalhas passaram a contar com três rounds, em duelos eliminatórios.
No final das competições femininas, quem subiu ao pódio em primeiro lugar foi a B-Girl Ami, do Japão, que ficou com o ouro. Para quem não sabe, Ami foi a primeira mulher a vencer a Red Bull BC One World Final, em 2018. Ganhando novamente em 2023 e agora se tornando a primeira mulher a ganhar uma medalha olímpica de ouro no Breaking mundial. O pódio foi completado pela nova geração, que veio com tudo, a prata foi para a B-Girl lituana Nicka, de apenas 17 anos e o bronze para B-Girl chinesa 671, que é chamada por alguns de “máquina do Breaking” devido a realizar movimentos pouco executados por mulheres.
No domingo (10) foi a vez dos B-Boys, que também agitaram o público presente numa competição bem menos polêmica e também muito bem disputada. Ainda nas classificatórias, um momento emocionante chamou atenção, o B-Boy Hiro10, que é japonês, de apenas 19 anos, após executar um combo de Power Move de grande dificuldade, porém, não suficiente para derrotar o veterano B-Boy Victor, após perceber que deixaria a competição naquele momento, o menino finalizou apresentação chorando, sendo abraçado pelo MC Max e pelo próprio Victor. Ele saiu da arena aplaudido pelo público.
Falando sobre o pódio masculino, o B-Boy Phil Wizard, que ganhou o ouro teve duas vitórias e um empate durante a fase de classificação. Já nos mata-matas, o canadense conseguiu três triunfos por 3 rounds a 0. Na decisão, o campeão teve um excelente desempenho diante do francês Dany Dann que levou a prata e recebeu 23-4 na votação dos juízes. Na decisão do bronze, o americano Victor venceu o B-Boy japonês Shigekix por 3 rounds a 0 (20-7).
B-Boy Phill Wizard, o primeiro a ganhar uma medalha de ouro olímpica no Breaking
E não teve brasileiro nas olimpíadas?
Realmente, o Brasil não teve representantes no Breaking masculino nem feminino. B-Boy Leony e B-Girl Mini Japa que foram os únicos brasileiros que disputaram vagas em Shanghai, na República Popular da China e em Budapeste, Hungria, no Olympic Qualifier Series (OQS) não conseguiram se classificar, ficando em 31° e 34° lugares no ranking, respectivamente. Nesta última fase eliminatória, se classificavam 10 B-Girls e 10 B-Boys entre os 40 participantes em cada modalidade.
Mas, no time de jurados do Breaking das olimpíadas tivemos um brasileiro, o B-Boy Migaz, que é membro de um dos grupos de Breaking mais tradicionais e conceituados do país, DF Zulu Breakers, que existe desde 1989. Migaz é reconhecido como um dos melhores árbitros internacionais de Breaking e, desde 2021, é julgador da WDSF.
B-Boy Migaz, jurado brasileiro nas Olimpíadas de Paris 2024
Outro nome brasileiro que brilhou em Paris foi de Samuel Henrique, mais conhecido como B-Boy Samuka, do Distrito Federal, ele faz parte do grupo ILL-Abilities, composto por dançarinos com deficiência, de vários países. Samuka encheu o Brasil de orgulho se apresentando nos Jogos Olímpicos. Para quem não se lembra, ele também em junho fez uma apresentação que viralizou com vídeo em programa de televisão dos EUA, o America´s Got Talent, onde deu salto mortal com apenas uma perna mostrando que o nosso país, mesmo não tendo se classificado nessa olimpíada, é um celeiro de grandes talentos!
Grupo ILL-Abilities, destaque para o brasileiro B-Boy Samuka (à direita, na foto)
Teremos Breaking nas próximas olimpíadas?
Bom, a notícia que temos é que o Breaking, modalidade surgida nas ruas dos bairros pobres de Nova York na década de 1970, teve seu futuro olímpico interrompido antes mesmo de completar um ciclo. Com o encerramento do evento em Paris no último domingo, novamente várias publicações saíram informando que a nova modalidade não fará mais parte do programa olímpico em Los Angeles 2028. A decisão surpreende e entristece quem ama essa cultura que também é esporte, mas não coloca um ponto final. A modalidade pode retornar em outras edições, no futuro, a depender do desejo das próximas cidades-sede dos Jogos Olímpicos.
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B-Boy Xandin e B-Boy Luan na Cypher SP na Casa do Hip-Hop de Diadema
Faltando dias para o Breaking estrear nas olimpíadas em Paris (França), aqui no Brasil, após passar por Fortaleza, Rio de Janeiro e Belém, aconteceu neste último final de semana, na Casa do Hip-Hop de Diadema (Centro Cultural Canhema), localizado na Zona Sudeste da Grande São Paulo, na Região Metropolitana, a Red Bull BC One Cypher São Paulo.
O espaço é conhecido por ser a primeira Casa do Hip-Hop do Brasil, inaugurada em 1999. O evento regional, que aconteceu no sábado (03) reuniu B-Boys e B-Girls de várias regiões do Brasil e até de outros países. Os ganhadores da Cypher São Paulo foram B-Boy Xandin, que é de Goiânia e que já tinha ganhado a Cypher Brasília por duas vezes no passado e que em 2021 levou a Cypher Brasil, avançando para a Last Chance Cypher, na Polônia. No feminino, a grande campeã foi a B-Girl Rá, da Flow Queens Crew.
B-Girl Rá e B-Boy Xandin, ganhadores da Red Bull BC One Cypher SP
No domingo (04), foi a vez da Red Bull BC One Cypher Brasil, que aconteceu no Auditório Ibirapuera, dentro do Parque Ibirapuera. Um dos lugares de lazer mais tradicionais e frequentados pelos paulistanos, o parque para muitos é o pulmão da capital paulista e foi inaugurado em agosto de 1954. O evento reuniu os ganhadores e classificados de cada regional num grande campeonato, quem comandou a festa foi a DJ Miya B e nas cadeiras de jurados dois grandes nomes estiveram presentes B-Boy Lil G da Venezuela e B-Boy Neguin, que até hoje é o único brasileiro a vencer a prestigiada final da BC One Worlds em 2010, tornando-se o primeiro sul-americano a atingir esse feito.
B-Boy Neguin, único brasileiro campeão da Red Bull BC One
Os ganhadores da Cypher Brasil foram B-Girl Maia, que se sagrou bicampeã pois já tinha ganhado o evento em 2023 e o B-Boy Kley da Tsunami All Stars Crew.
B-Boy Kley e B-Girl Maia na Red Bull BC One Cypher Brazil
Red Bull BC One 2024 – De olho na nova geração
Esse ano a Red Bull BC One teve um olhar especial para a nova geração.
Na Cypher Rio de Janeiro, pela primeira vez no Brasil, uma B-Girl tão nova de apenas 14 anos, paulista, chamada Chaya Gabor, conhecida como B-Girl Angel do Brasil participou do filtro, passou e conquistou, batalhando com sangue nos olhos, o direito de competir entre as Top 16 B-Girls adultas do evento na cidade carioca. Depois, batalhou com a atual campeã da Cypher São Paulo, B-Girl Rá. O evento teve como jurados o B-Boy argelino-francês Lilou e de Brasília B-Girl Fabgirl e o B-Boy Migaz, que é o único brasileiro escolhido como árbitro nos Jogos Olímpicos de Paris 2024.
B-Girl Angel do Brasil (14) competindo na Red Bull BC One Cypher RJ
Na Cypher São Paulo, situação semelhante aconteceu o jovem Jhefferson Tavares (16), conhecido como B-Boy Jheff de Itanhaém, cidade do litoral de São Paulo, que passou no filtro e competiu com o B-Boy Xandin e, mesmo perdendo do veterano, teve a sorte de, através da desistência de um B-Boy, ganhar uma nova oportunidade dos jurados, participando da Cypher Brasil onde acabou perdendo novamente do B-Boy Sisan.
Outro destaque da nova geração foi a B-Girl Kabrony do Pará, irmã da B-Girl Mini Japa; a menina trouxe todo o charme e a dança do norte do Brasil para a competição. Competiu com a B-Girl Fran na nacional, que na ocasião levou a melhor.
B-Girl Kabrony de Belém do Pará
O futuro brilhou na Red Bull BC One 2024! Não há como negar que em todo o mundo a nova geração pede passagem e chega cada vez mais cedo com tudo!
Red Bull BC One World Final RJ
Depois das regionais e da nacional, agora a próxima parada é no dia 07 de dezembro de 2024, quando o Brasil receberá pela terceira vez a fase global da maior competição de Breaking 1×1 do mundo.
A primeira passagem do campeonato pelo Brasil para uma final global foi em 2006, em São Paulo, no Memorial da América Latina. O Rio de Janeiro também já recebeu o torneio em 2012 e essa será a segunda vez que a capital carioca irá sediar a etapa decisiva do evento, celebrando o Breaking e os 20 anos de história do campeonato. Quem serão os grandes campeões dessa edição? Está curioso? Então não fique de fora, corra e garanta o seu ingresso no site https://www.ingresse.com/red-bull-bc-one/
O Portal Breaking World esteve na cobertura de todas as regionais e da Cypher Brazil.
Agradecemos a Red Bull toda a atenção com o nosso Portal!
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Aconteceu no último final de semana, no Circo Voador, na Lapa, um dos bairros mais boêmios e vibrantes da Cidade Maravilhosa, conhecido por seus bares tradicionais, casas noturnas, salões de dança e rodas de samba ao ar livre abaixo dos Arcos da Lapa, a Red Bull BC One Cypher Rio, o evento é o principal campeonato 1×1 da modalidade e nesse ano completa duas décadas de história, o torneio chegou no Rio de Janeiro para uma das seletivas regionais, conhecidas como Cyphers.
Esteve presente o bicampeão mundial B-Boy Lilou, chamado carinhosamente pelos brasileiros de “Lilouzinho”. A grande festa começou com um workshop, no dia 13, na Fundição Progresso, e continuou no dia 14, quando aconteceram as competições, que foram de alto nível com participação de grandes nomes do Breaking brasileiro. No júri, além do francês Lilou, estavam B-Boy Migaz e B-Girl Fab Girl. Apresentando a competição B-Girl e MC Andressa e comandando a festa o DJ Def. Neste ano, o evento ainda contou com a parceria global da Reebok.
Mesmo numa noite fria atípica na cidade do Rio de Janeiro, o Circo Voador tremeu com os filtros e a final masculina pegou fogo entre os B-Boys Kley de Belém do Pará e B-Boy Rato de Uberlândia, que foi o grande campeão da noite. Nas B-Girls, reunindo nova e antiga geração do Breaking o filtro foi bem disputado e a final também foi eletrizante e ficou entre a B-Girl Lua de Ribeirão Preto e B-Girl Nathana, que venceu a competição e que também é de Uberlândia, Minas Gerais.
Após a Cypher de Fortaleza, que aconteceu no mês de maio e do Rio de Janeiro em julho, agora a próxima parada da Red Bull BC One é em Belém e em São Paulo, classificam-se seis dançarinos de cada cidade (três da categoria feminina e três da categoria masculina). Da seletiva de São Paulo, mais 8 vencedores (quatro da categoria feminina e quatro da categoria masculina), além de mais 3 wildcards (atletas convidados), somando, assim, 16 competidores que vão batalhar na grande final nacional. As batalhas acontecem em formato mata-mata, em que os participantes dançam em frente a um painel de jurados e têm habilidades como técnica, criatividade, musicalidade e performance avaliadas.
E depois das Cyphers regionais e nacional em dezembro, pela terceira vez o maior evento de Breaking 1×1 mundial vai ter seu título definido no Brasil, depois de 2006 (São Paulo) e 2012, no próprio Rio. A competição volta ao Rio no dia 7 de dezembro, na Arena Jeunesse, reunindo B-Boys e B-Girls de todo o planeta.
E quem pode competir no mundial ou assistir?
Quem pretende competir tem que ser um dos convidados — em 2023 foram 12 B-Boys e 12 B-Girls, os “wildcards”. Eles são escolhidos por um time de especialistas por sua relevância na cena. As vagas restantes para completar a chave de 16 são disputadas na Last Chance Cypher, evento que rola entre os vencedores das cyphers nacionais.
Nova geração deu um show na batalha kids, dando esperança que dias melhores estão a caminho para o Breaking brasileiro
Faltando menos que um mês para as Olimpíadas de Paris, onde o Breaking estreia como uma das novas modalidades que vai atrair a curiosidade de milhares de jovens para esse grande evento mundial, a dança de rua, por vezes marginalizada no passado, mas que agora virou esporte olímpico, tem despertado interesse da sociedade e principalmente de grandes empresários e marcas que resolveram acreditar e investir nesse elemento da Cultura Hip-Hop.
Aqui no Brasil, aconteceu no último dia 22, no Plaza Shopping Carapicuíba o tradicional evento Breaking Combate, que na ocasião completou 11 anos de muita arte e como de costume, a competição reuniu os melhores B-Boys e B-Girls de todo o Brasil e até de outros países como da República Dominicana e da Argentina, além de sempre revelar grandes talentos da nova geração. O evento, produzido por Eder Devesa (B-Boy e DJ Dunda) e por Chalana Oliveira começou com um workshop gratuito animado do jurado B-Boy Megaman onde participaram dançarinos brasileiros e estrangeiros.
No início da tarde começaram os filtros. Os jurados convidados para julgar as competições foram: B-Girl Bia, B-Boy Allan Jackass e B-Boy Megaman. No microfone, B-Boy Lula mandou muito bem o recado e quem comandou a festa foi o DJ Insano.
O primeiro filtro do dia foi do Baby Combate, que esse ano teve mais de 18 crianças inscritas de até 13 anos, que se deslocaram de diversas partes do Brasil para participar do campeonato, que sempre teve a tradição de ser palco para pequenos grandes talentos brasileiros. Eles deram um show e trouxeram esperança de dias melhores para o Breaking brasileiro. Segundo Eder Devesa, organizador do evento, “as crianças são o futuro! E como na maioria dos esportes tudo começa na base!”.
Exemplo presente na competição é a menina B-Girl Angel do Brasil, que começou a frequentar o evento com 5 anos e que, em 2023 e 2024 foi bicampeã. Esse ano, após as batalhas babys, ela entregou o cinturão para a B-Girl Manuzyh, de Porto Ferreira (SP), que conquistou o primeiro lugar no Baby Combate, numa batalha bem disputada contra o B-Boy Triax, que ficou com o segundo lugar e que também participa do evento desde muito pequeno.
B-Girl Angel cresceu e, já com 14 anos, participou da competição de B-Girls chegando nas quartas de final.
Nas competições femininas, além da Angel, nomes como B-Girl Lua (campeã de 2023), B-Girl Lorinha, B-Girl Bebeia, B-Girl July (Argentina), B-Girl Duda, B-Girl Furacão, B-Girl Matea, entre outras, batalharam na busca da vitória, mas a grande campeã de 2024 foi a B-Girl Lorinha, que no filtro mandou um pião de tirar o fôlego do público presente e numa batalha contra a B-Girl July se sagrou campeã.
Entre os B-Boys a competição foi grande, pesada, mas o grande vencedor desse ano foi o B-Boy Hebrom que recebeu o cinturão do Breaking Combate das mãos do B-Boy Zeus (Campeão de 2023).
Durante todo o evento, quem passou pelo local pode sentir a energia dessa cultura incrível chamada Hip-Hop, que vem das ruas e que atualmente está presente no maior evento esportivo do mundo: as Olimpíadas! Além de conhecer mais sobre o mundo dos B-Boys e das B-Girls, quem se aproximou pode prestigiar obras feitas ao vivo pelo grafiteiro Sotaq. O Breaking Combate, que foi um dos eventos mais esperados do ano, cumpriu mais uma vez sua missão, sendo épico em 2024. Foi um prazer para o Portal Breaking World cobrir mais esse grande evento! Que venham outras edições!
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Infelizmente, o Brasil não terá atletas na estreia do Breaking em Paris em 2024.
Nem B-Boy Leony e nem B-Girl Mini Japa passaram da primeira fase da última seletiva da modalidade, o Olympic Qualifier Series, realizado em Budapeste, na Hungria.
No masculino, Leony perdeu do sul-coreano Hong 10. No feminino, Mini Japa foi derrotada pela japonesa B-Girl Ami Yuasa.
Confira abaixo a lista dos B-Boys e B-Girls classificados no último OQS na Hungria para os jogos olímpicos:
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No último final de semana, a convite da Red Bull BC One, o Portal Breaking World saiu de São Paulo para cobrir uma batalha de Breaking épica, de um encontro também épico, entre o Charme, o Breaking e o Passinho. Fomos até o “Dutão”, como ficou conhecido o Viaduto Negrão de Lima, em Madureira, zona norte do Rio de Janeiro. Local esse que a editora carioca deste portal, que há 30 anos atrás era ”Charmeira” de carteirinha, frequentou e só tem boas lembranças… Na época, quem não sabia dançar aprendia na pista ali mesmo os passinhos que eram ensinados na maior tranquilidade e paciência, sem nenhum tipo de preconceito. A batida envolvente sob o viaduto que parecia dançar, misturava referências clássicas do Soul, Rhythm And Blues (R&B), Jazz e Hip-Hop, atraindo centenas de pessoas. A festa se consolidou como encontro da música negra, sendo referência do gênero em todo o Brasil.
Faixa do Baile Charme Imagem: ® Breaking World
Mas, para quem gosta de história, senta que vamos a uma viagem rápida ao túnel do tempo. Os bailes-charme e suas manifestações têm origem na zona norte do Rio. O termo “Charme” foi lançado pelo DJ Corello em um baile no clube Mackenzie, nos anos 1980, localizado no Méier. Antes de chegar em Madureira, o Charme circulou e ganhou fama em bairros como Marechal Hermes e Abolição. Mas foi só em 2019, que o Charme se tornou patrimônio cultural imaterial do estado do Rio de Janeiro, a partir da aprovação da lei elaborada pela deputada estadual Zeidan (PT). Para dançar charme tinha que ter gingado. É um estilo que favorece a coletividade por meio de passos diferenciados, sempre com muito swing e sincronia. Na década de 90, lançaram a pergunta: “Qual é a diferença entre o charme e o funk?”. Em 1995, os DJs Markinhos e Dollores tentaram responder, no disco Rap Brasil vol. 2, que “um anda bonito e o outro, elegante”… Será? Não sei se a resposta satisfez aos mais exigentes frequentadores do baile da época. Mas, foi nessa vibe de nostalgia, passado mais de 30 anos de muita Black Music, que neste último final de semana, misturando Charme, Breaking e Passinho, o viaduto mais charmoso do mundo, o Viaduto de Madureira, recebeu de braços abertos a batalha internacional épica entre os dois tricampeões mundiais da Red Bull BC One, de um lado B-Boy Menno, da Holanda e do outro, B-Boy Hong 10, da Coreia do Sul.
Imagem: ® Little Shao
Para quem não sabe, a Red Bull BC One é a maior competição de Breaking 1×1 do mundo. Criado em 2004, o evento é realizado em diversos países, onde a cada ano milhares de dançarinos (ou, agora, atletas) competem em batalhas regionais, as chamadas Cyphers. Após essa primeira fase, os melhores B-Boys e B-Girls se enfrentam na final nacional que, em 2024, será em São Paulo. Os vencedores dessa etapa vão para a final mundial, que volta ao Brasil, depois de 12 anos e acontece no Rio de Janeiro, de 4 a 7 de dezembro.
Alguns breakers presentes na festa Imagem: ® Little Shao
A festa desse final de semana foi o anúncio oficial desta Final Mundial da Red Bull BC One, estavam presentes no evento, além dos nossos B-Boy Neguin e B-Boy Pelezinho e alguns B-Boys e B-Girls brasileiros, outros grandes nomes internacionais do Breaking como o B-Boy Phil Wizard (Canadá), B-Boy Victor (EUA), B-Boy Matita (Chile), B-Boy Lil G (Venezuela), B-Girl Vanessa (Portugal), B-Boy Broly (Argentina), B-Girl Celestia (Colômbia), B-Girl Isis (Equador), B-Girl Stefani (Ucrânia), B-Boy Lil Zoo (Marrocos) e registrando tudo o incrível fotógrafo Little Shao.
O evento foi comandado pelo DJ Gab e apresentado pelos MCS Coruja BC1 e Marcelo Duguetto e começou com uma disputa entre os dois times, Brasil e Latam. Representando o Brasil estavam B-Girl Toquinha, B-Girl Maia, B-Boy Perninha, B-Boy Kley e B-Boy Branko e no time latam: B-Boy Matita, B-Boy Broly, B-Girl Celestia, B-Girl Isis e B-Boy Lil G, a batalha animou os presentes e preparou o público para o grande momento da noite que seria a Batalha dos Tricampeões.
Um pouco sobre esses B-Boys Tricampeões Singulares:
Imagem: ® Dean Treml
B-Boy Hong 10
Sem dúvida, um ícone do Breaking, sempre desenvolvendo suas habilidades, corporais e mentais. Ao longo de sua carreira histórica e inovadora, o sul-coreano aprendeu que pode fazer o que quiser, contanto que trabalhe muito, se esforce constantemente e seja humilde. Já faz muito tempo que a Final Mundial do Red Bull BC One rolou em São Paulo. Foi em 2006, mas se tem alguém que lembra bem do evento é o B-Boy Hong 10. Foi naquele dia que o sul-coreano, que na época tinha 22 anos, virou campeão pela primeira vez da competição. Hoje, o cara já é tricampeão — ele também venceu em 2013, aos 29, e em 2023, com 39 anos. Declarou: “Não acho que vou atrás do quarto título, vou deixar isso para os mais jovens”, diz Hong 10, que ao levar o cinturão pela terceira vez igualou o recorde de vitórias do B-Boy holandês Menno. “Por enquanto, pretendo me concentrar em trabalhar com a comunidade em vez de competir em batalhas”, conta. Atualmente é membro da crew Red Bull BC One All Stars.
Imagem: ® Marcelo Van Hoom
B-Boy Menno
Ele fez o que ninguém jamais havia conseguido: conquistou o cinturão de campeão mundial do maior campeonato de Breaking 1×1 do mundo por três vezes. Membro do Red Bull BC One All Stars, equipe composta pelos melhores talentos da cena Breaking, Menno começou a dançar na pré-adolescência, incentivado por dois primos mais velhos, por volta dos anos 2000 em Tilburg, onde nasceu. Passado alguns anos, o B-Boy holandês, venceu a Red Bull BC One em 2014 e 2017, não participou da edição de 2018, mas resolveu voltar para a disputa porque queria que sua filha o visse batalhar. “Ser pai é uma das minhas maiores motivações no Breaking, porque agora todos os meus esforços não são só por mim, mas também por minha filha”, disse o tricampeão (ele venceu também em 2019) a uma entrevista ao Portal RedBull.com. Mais de vinte anos depois, Menno tem dificuldades de escolher apenas um momento marcante de sua brilhante carreira. “São tantos, mas talvez o maior deles foi quando percebi que estava vivendo uma vida livre e estável fazendo o que amo. Parar de me estressar com o futuro e com estabilidade financeira me possibilitou viver plenamente o Breaking e, nesse sentido, a Red Bull realmente me deu asas”, diz o holandês, em referência ao seu tricampeonato do Red Bull BC One. “As três vitórias me possibilitaram viver o melhor lado da vida.”
O confronto aconteceu e quem estava no evento pode presenciar talvez uma das mais pesadas batalhas que a Red Bull já organizou. Quem é o melhor? Quem venceu? Não teve jurados… Talvez, tenhamos essa resposta se algum desses dois ícones decidirem continuar na busca do quarto título!
Imagem: ® Little Shao
Ainda no evento, também teve Batalha de Passinho, que foi um dos momentos mais animados e quentes da noite, com os seguintes nomes: André DB, Vini Brabo, Peterson Sidy, DG Fabulloso, GN Fabulloso e Neguebites.
Depois das batalhas, a festa entrou madrugada adentro, regada por muito Red Bull, Breaking, Charme, Passinho, tudo “junto e misturado” e as pistas ficaram no comando dos DJS Talie, Nobunaga e Totonete.
O Evento “Do Baile ao Breaking” foi um sucesso e também um aperitivo a fim de se preparar para o que vai vir na Final Mundial que acontece no Rio de Janeiro, em dezembro. Se você não quer perder essa festa ainda dá tempo de garantir seu ingresso pelo link redbull.com/bcone
O Portal Breaking World agradece a Red Bull BC One pelo convite e pelos momentos vividos nesse grande evento.
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O ano de 2024 começou com a vibe lá em cima, aconteceu este mês no Rio de Janeiro, numa arena montada na Praia de Copacabana, o ‘Breaking do Verão’, que na sua terceira edição elevou ainda mais a temperatura na praia carioca. Realizado pelo Grupo Fábrica, o evento foi apresentado pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, Lei Estadual de Incentivo à Cultura e Petrobras. O festival contou com atletas convidados, além dos vencedores nas eliminatórias na competição. Com o intuito de democratizar ainda mais o Breaking do Verão (BDV), pela primeira vez realizou Cyphers em Fortaleza, em setembro, e Manaus, em outubro. No dia 19 de janeiro aconteceu a Cypher Rio. Os vencedores das eliminatórias de cada região competiram no dia 20 e 21 lado a lado com os grandes nomes do Breaking nacional e internacional.
Foram 16 B-Boys e 16 B-Girls. Entre os B-Boys estrangeiros convidados, B-Boy Phil Wizard, atleta Campeão Pan-americano 2023 e integrante da Seleção do Canadá, que conquistou vaga para os Jogos Olímpicos 2024; B-Boy Lil Zoo, natural de Marrocos, que atualmente mora na Áustria e representa o país nas competições, é membro da tripulação do El Mouwahidin e já conquistou o título do Red Bull BC One, em 2018; o japonês B-Boy Hiro10, campeão Freestyle Sessions 2023, em Los Angeles; B-Boy Matita do Chile; B-Boy Lion; B-Boy Wigor (Polônia); B-Boy Norddiamond e B-Boy Grow da Rússia. B-Boy Lil-G, da Venezuela, entrou após a Cypher Rio, ganhando a vaga.
Nos B-Boys brasileiros, os convidados foram: B-Boy Rato, integrante da Seleção Brasileira, mineiro que foi campeão do Breaking do Verão em 2022 e integrante do Brasilprev Breaking Team; B-Boy Luan San, de São Paulo, integrante da Seleção Brasileira, do Time Petrobras e também do Time Brasileiro da Brasilprev; B-Boy Mascot; B-Boy Gabriel; B-Boy Till e o B-Boy Bart, atual vice-campeão do Red Bull BC One Brasil. B-Boy Kley ganhou a vaga passando pela Cypher Rio.
Entre as B-Girls convidadas, nomes internacionais como a russa B-Girl Kastet; a colombiana B-Girl Luma, representante da Seleção da Colômbia e vice-campeã dos Jogos Pan-Americanos 2023; B-Girl Stefani, nascida na Ucrânia e radicada no Reino Unido, atual campeã do Red Bull BC One Last Chance Paris 2023; B-Girl Carlota, representante da seleção da França e campeã do Red Bull BC One Cypher 2022; B-Girl Ana Fúria, da Seleção da Espanha; B-Girl Celestia (Colômbia); B-Girl Kate (EUA) e B-Girl Isis. A B-Girl Vanessa, de Portugal, ganhou a vaga após a Cypher Rio.
Imagem: ® Divulgação
Entre as atletas brasileiras convidadas, a paulista B-Girl Toquinha, integrante da Seleção Brasileira, do Time Petrobras, do Brasilprev Breaking Team e campeã do Red Bull BC One Cypher Brasil 2023; a paraense B-Girl Mini Japa, atual campeã brasileira de Breaking; B-Girl Lívia, medalha de prata no Gymnasiade na França; B-Girl Andressa; B-Girl Ana Raquel e B-Girl Pela. B-Girl Maia ganhou também a vaga na Cypher Rio.
Fernando Bó, idealizador do Breaking do Verão declarou: “Estamos muito felizes com a terceira edição do Breaking do Verão. Pela primeira vez teremos entre os convidados B-Boys e B-Girls vencedores das Cyphers Fortaleza e Manaus, tornando a disputa ainda mais democrática. Também estamos de casa nova, a Praia de Copacabana, em pleno ano de Olimpíadas. Acreditamos que esse movimento será importante para divulgar ainda mais o esporte e torná-lo mais próximo do grande público”.
O time de jurados foi composto pelo árbitro internacional e membro da Comissão de Arbitragem do Departamento de Breaking B-Boy Migaz; B-Boy Rudá, artista trans mineiro que já representou o Brasil em 3 mundiais de Breaking, é coordenador do Núcleo de Pesquisa e História Integrante da Escola Drop Education e dançarino do Cirque du Soleil Bazzar; o colombiano B-Boy Arex; B-Boy Xisco, da Holanda e a B-Girl Movie One, da Espanha. A música é um elemento fundamental para o Breaking, ela quem dá o ritmo às disputas. Durante um campeonato, quem escolhe as faixas é o DJ e o show apresentado é todo pensado no momento presente. No BDV 2024, os DJs à frente dos toca-discos foram Nobunaga, Def e MF.
B-Boy Bart – Imagem: ® Little Shao
E os atletas brasileiros, como foram no Breaking do Verão?
Entre os B-Boys e as B-Girls brasileiras, o único a avançar para as semifinais foi o B-Boy Bart, que deixou a competição após perder do japonês Hiro 10.
Grande destaque da Competição
B-Boy Grom – Imagem: ® Russian Dance Photo
O grande destaque da competição foi o menino russo Ruslan Gromov (18), conhecido como B-Boy Grom, mesmo perdendo do campeão Phil Wizard na semifinal, saiu da arena de batalha aplaudido pelo próprio Phil Wizard e ovacionado pelo público. Grom sem dúvida é um dos grandes nomes da nova geração de breakers pelo mundo.
As batalhas finais do Breaking do Verão aconteceram no dia 21 de janeiro. Após disputa com a colombiana Luma, a russa Kastet foi a grande vencedora, se tornando Bicampeã do Breaking do Verão e conquistou o prêmio de 20 mil reais. No time masculino, o canadense Phil Wizard e o japonês Hiro10 mostraram um Breaking da melhor qualidade, limpo e com bastante técnica, agitaram a arena e levantaram o público, que comemorou a vitória do atual campeão Pan-Americano, Phil Wizard. O canadense levou o ouro no Pan-Americano de Santiago no ano passado e já está garantido nas Olimpíadas pela seleção do Canadá.
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A Mostra de Artes de Diadema é um evento presente no calendário cultural anual realizado na cidade. Com a instituição do Prêmio Cultural Plínio Marcos, foram estabelecidos os seguintes objetivos: difundir as diversas linguagens artísticas existentes na cidade; promover a produção realizada pelos artistas da cidade e oferecer à população um painel da atual criação artística, em suas mais diversas expressões.
A Mostra abrange diversas áreas artísticas, como artes visuais, música, teatro, dança, literatura e audiovisual, proporcionando um amplo panorama da diversidade e talento presentes na comunidade artística de Diadema.
A Mostra ocorre ao longo do mês de setembro, em diversos centros culturais e bibliotecas da cidade. A participação e entrada são gratuitas para todos que queiram participar e desfrutar das diferentes manifestações artísticas. Ao todo são mais de 120 mil reais em prêmios nas mais diversas categorias.
É um evento cultural abrangente e inclusivo, que valoriza a produção artística local e promove o acesso à cultura na cidade. Por meio da Mostra, Diadema se consolidou como um importante polo cultural, destacando-se pelo talento de seus artistas e pela diversidade de suas expressões artísticas.
B-Boy Megaman Imagem: ® The Sarará
Um dos destaques deste ano é a inclusão de uma série de fotografias dedicadas ao universo do Breaking, nova modalidade olímpica de Paris 2024. Esse elemento da Cultura Hip-Hop é uma forma de dança que emergiu das ruas, sendo uma manifestação artística carregada de energia e história. Essa expressão única, que combina movimentos fluidos, a rivalidade e o ranço das ruas e acrobacias impressionantes, é uma fonte inesgotável de inspiração para artistas e observadores. E agora, na Mostra de Artes Diadema 2023, os amantes do Breaking terão a oportunidade de mergulhar nas sutilezas e na intensidade dessa dança através do olhar do Fotográfo Sarará Rodrigues.
A exposição vai oferecer um olhar íntimo e poderoso sobre essa forma de dança vibrante. Cada imagem captura a energia, a paixão e a dedicação dos dançarinos, bem como a atmosfera única que envolve cada movimento. Essas fotografias são mais do que instantâneas; são histórias visuais que narram a jornada e a expressão pessoal de cada artista.
Além de oferecer uma viagem ao mundo desse elemento da Cultura Hip-Hop, a exposição fotográfica também celebra o trabalho e a visão dos próprios fotógrafos. Suas habilidades em capturar momentos fugazes e transformá-los em obras de arte estáticas é uma prova do poder da fotografia como meio de expressão.
Os visitantes da Mostra de Artes Diadema 2023 serão convidados a explorar a exposição de fotografias e a se deixar envolver pelas histórias contadas por trás de cada imagem. Será uma oportunidade única para apreciar a dança em sua forma mais pura e visceral, por meio do olhar sensível e artístico dos fotógrafos.
Portanto, prepare-se para uma experiência visual e emocional única na Mostra de Artes Diadema 2023. A exposição de fotografias de Breaking é apenas um dos muitos destaques que aguardam os visitantes, prometendo enriquecer ainda mais a celebração da arte e da cultura em nossa cidade.
Serviço:
Lançamento: 01 de setembro Horário: 19h30 Local: MASP, Museu Arte Popular Rua Graciosa 300, Centro -Diadema Duração: Todo o mês de setembro Entrada Gratuita
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Esta semana o Rio de Janeiro voltou a sediar, mais uma vez, a Gymnasiade, Olimpíada do Desporto Escolar, que reuniu mais de 2 mil estudantes atletas da categoria sub-15 de 46 países de todos os continentes. O Breaking foi uma das modalidades e claro que o Portal Breaking World esteve presente para cobrir o evento e acompanhar de perto o desempenho de uma nova geração pequena no tamanho ou na idade, mas gigante no talento. A maioria dos atletas filiados na CNDD que foram convocados pela CBDE foram os medalhistas da categoria Kids do Primeiro Campeonato Oficial de Breaking Como Esporte, que aconteceu no ano passado, realizado pelo Conselho de Dança Desportiva.
Coletiva de Imprensa
No dia 18 aconteceu a coletiva de imprensa, o presidente da Confederação Brasileira do Desporto Escolar (CBDE) e vice-presidente da Federação Internacional do Desporto Escolar (ISF em inglês), Antônio Hora Filho, declararou que se forem computadas também todas as equipes de trabalho, as pessoas que acompanham os atletas e familiares, o evento teria envolvido mais de 4 mil pessoas. São dele as palavras: “Nós somos esporte, mas não só esporte. Somos esporte educacional. Nós utilizamos do esporte como uma ferramenta de formação da cidadania e de educação”.
A maior delegação foi a do Brasil, com 404 membros, sendo 323 estudantes atletas – 161 mulheres e 162 homens -, o que para Antônio Hora Filho resulta das ações pró equidade desenvolvidas pela entidade. “Significa dizer que a política de equidade da CBDE vem trazendo efeitos benéficos para a nossa sociedade, incluindo a mulher definitivamente no esporte”.
Hora Filho lembrou que essa é também a maior delegação que o Brasil já apresentou em edições da Gymnasiade. A expectativa do dirigente é garantir um bom resultado. “Nas últimas Gymnasiades sub-18, o Brasil, desde 2013, sempre figura entre os três países com maior número de medalhas no cômputo geral. A nossa expectativa nesse ano foi estar no topo do quadro geral de medalhas, competimos em solo brasileiro, com todo o clima e a torcida. Os atletas não tiveram problemas de adaptação ao clima e pressão psicológica. A nossa delegação esteve bastante numerosa. Nós acreditamos que o Brasil pode voltar ao topo do quadro geral de medalhas. Essa é uma boa perspectiva para que as próximas gerações olímpicas sejam um reflexo dessas competições escolares”, disse o presidente da CBDE.
Milhares de atletas participam da Gymnasíade 2023 no Rio de Janeiro. Imagem: CBDE
Depois do Brasil, a China é a delegação com maior número de integrantes com mais de 200 componentes. O Chile é a terceira, com 164 membros, e os Estados Unidos com 122 inscritos.
Na primeira edição do evento no Brasil, em 2013, a sede foi Brasília. Naquela edição, os estudantes atletas eram da categoria sub-18. “Não podemos esquecer que é do esporte educacional que surgirão os talentos, e nós temos exemplos recentes. A nossa medalhista da ginástica Rebeca [Andrade], que ganhou medalha de ouro nas Olimpíadas, a primeira medalha internacional que ela ganhou foi em 2013 quando realizamos o Gymnasiade sub-18 em Brasília, e ela se iniciando na sua vida esportiva ganhou a sua primeira medalha internacional na mesma prova que seis anos depois se transformou em campeã olímpica. No desporto escolar, formar atletas é importante, mas formar cidadãos é muito mais importante”, disse Hora Filho.
Para o presidente da Federação Internacional do Desporto Escolar (ISF), o francês Laurent Petrynka, a participação dos estudantes atletas é mais do que representar a própria modalidade esportiva. “Quando você compete nos eventos da ISF, não está apenas representando o seu esporte, está representando a sua família, a sua cultura, o seu potencial”, disse, acrescentando que uma das razões da ISF em organizar essas competições é desenvolver nos estudantes os verdadeiros valores olímpicos.
Cerimônia de Abertura
A ministra do Esporte, Ana Moser, esteve na cerimônia de abertura no domingo (20). A mascote dessa vez foi um pássaro carioca, chamado Rio, que teve o nome escolhido em uma consulta entre os participantes. A ISF U15 Gymnasiade 2023 apresentou 18 modalidades: tiro com arco, atletismo, badminton, basquete 3×3, boxe, caratê, dança esportiva, esgrima, ginástica artística, ginástica rítmica, judô, orientação, natação paralímpica, natação, tênis de mesa, tae-kwon-do, wrestling e xadrez.
As competições foram realizadas na quinta-feira (24) e na sexta-feira (25), com encerramento do evento no sábado (26). O retorno das delegações para os seus países está previsto para os dias 27 e 28.
As provas foram disputadas nas arenas cariocas 1 e 2, no Centro Olímpico de Tênis e Vila Olímpica, instalados no Parque Olímpico da Barra da Tijuca; na Arena da Juventude, no Complexo Esportivo de Deodoro; e no Complexo Esportivo da Universidade da Força Aérea (Unifa), em Sulacap. Todos esses equipamentos estão na zona oeste da cidade.
O secretário de estado de Esporte e Lazer do Rio de Janeiro, Rafael Picciani, incentivou a presença do público lembrando que os ingressos para assistir as competições eram grátis. “A grande oportunidade de convidar a população para vir vibrar e assistir esses atletas competindo. Muitos deles, quando competem fora do Rio, não têm oportunidade de levar um parente para assisti-los, pelo custo, dificuldade logística e pelo calendário. Essa foi uma grande oportunidade de vermos esses atletas competindo e de trazer para perto a comunidade esportiva que o Rio de Janeiro possui, e mais uma vez ocupar essas arenas olímpicas, daquilo de mais marcantes que nós temos que é a alegria e a receptividade do povo brasileiro”, disse.
Como foi a chegada da delegação de Breaking?
B-Girl Angel do Brasil
B-Girl Mary-D
B-Boys Pablo e Samukinha
A Delegação Brasileira Sub 15 composta pelos atletas B-Girl Angel do Brasil (13), B-Girl Mary D (14), B-Boy Samukinha (14) e B-Boy Pablo (13) chegaram ao evento na véspera da Competição (21), enfrentaram alguns problemas como cobrança de taxas aéreas indevidas, atraso na hospedagem, mudança de dias e horários de competições, chão impróprios que causaram feridas e lesões nos atletas, manifestações no meio da competição de alguns responsáveis por atletas que verificaram que alguns nomes não constavam como escritos para competir e ainda mudança de hotel. Problemas diversos onde alguns foram solucionados e outros não. Tirando um pouco do brilho do evento! Uma pena pelo tamanho e importância da Gymnasiade e pelo o que significa eventos desse porte para a nova geração de atletas brasileiros
E a Competição?
Mesmo com todas as dificuldades enfrentadas no Rio de Janeiro pela seleção Sub 15 na Competição o Brasil despontou nas primeiras colocações do mundial, confira:
B-Girl Mary D ficou em3° lugar no individual de B-Girls e na dupla mista;
B-Boy Samukinha em 4° lugar no individual de B-Boys e em3° lugar na dupla mista;
B-Girl Angel do Brasil em 4° lugar no individual de B-Girls e em 4° lugar de duplas mistas;
B-Boy Pablo 5° lugar no individual de B-Boys e 4°na dupla mista
O evento continua até o dia 26 de agosto. A Gymnasiade é organizada pela ISF em parceria com a CBDE, com apoio do Sesc Rio; da Federação de Esportes Estudantis do Rio de Janeiro (FEERJ); do governo do estado do Rio de Janeiro, por meio da Secretaria de Estado de Esporte e Lazer; e do governo federal, por meio do Ministério do Esporte.
Fotos: Breaking World
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