O bagulho foi louco e o chão tremeu na Red Bull BC One 2022

Quem esteve no Streetopia, que fica próximo da Avenida Paulista, coração cultural do Brasil, neste último final de semana ou acompanhou as diversas lives, entre elas a do Portal Breaking World, pode testemunhar que: “O bagulho foi louco!”. Expressão muito usada dentro da Cultura Hip-Hop para expressar algo que foi muito bom e com o astral lá em cima. Depois de passar por Curitiba (PR), Fortaleza (CE) e Brasília (DF), um dos maiores campeonatos mundiais de Breaking, o Red Bull BC One, neste último final de semana aterrissou em São Paulo, reunindo toda a galera, da nova geração aos Old School, na cidade que é indiscutivelmente o berço do Breaking Brasileiro.  

 

 

 

B-Girl Dedessa e B-Boy Zym, campeões da Red Bull BC One Cypher São Paulo
Imagem: ® Nanah D’Luize

 

 

 

No dia 29, aconteceu a Cypher São Paulo que foi a última seletiva regional, onde B-Boys e B-Girls passaram por um filtro. De lá, saíram quatro finalistas – dois da categoria feminina e dois da masculina, os ganhadores foram B-Boy Zym e B-Girl Dedessa, que garantiram a vaga na final nacional do Red Bull BC One, que aconteceu no domingo (31), quando, então, os 32 melhores B-Boys e B-Girls do país se enfrentam numa competição insana e com total participação do público presente para conseguir o título de campeão e campeã nacional. Os campeões foram B-Boy Leony e B-Girl Maia, ambos conseguiram a vaga para representar o Brasil em Nova Iorque na etapa mundial, que acontece no dia 12 de novembro. B-Boy Leony, que se tornou tetracampeão, declarou em entrevista: “O tetracampeonato veio agora, em 2022. O tempo todo estava com meu filho na cabeça e isso me deu mais força”, diz o paraense, pai do pequeno João Miguel, de dois anos. “Treinei muito para chegar até aqui e agora só quero comemorar”, completa. Maia, que no ano de 2021 chegou na semifinal, também se pronunciou: “Ano passado não teve público e este ano a energia da galera me contagiou. Fui de coração aberto, me diverti e em nenhum momento fiquei pensando em ganhar”, concluiu agora a campeã.

 

 

 

 

 

 

Vale também destacar a diferenciada e incrível participação do B-Boy Allef, que ganhou na semifinal do B-Boy Bart e depois foi para a final com o B-Boy Leony, conquistando a torcida do público presente! Que chegaram a pedir um terceiro round na semifinal!

 

 

 

B-Boy Bart e B-Boy Allef
Imagem: ® The Sarará

 

 

 

Paralelo às competições, aconteceram nos três dias de evento muitas emoções no Red Bull BC One Camp Brazil, um evento com programações bem variadas, que convidou todo o público presente para uma verdadeira imersão no mundo da Cultura Hip-Hop. Na programação, houve muitas cyphers com participação de várias gerações do Breaking nacional, exposição fotográfica e de jaquetas com a reconhecida fotógrafa Martha Cooper, famosa por fotografar a arte urbana de Nova Iorque desde a década de 70, quando a Cultura Hip-Hop nasceu nos subúrbios nova-iorquinos, após seis anos de sua última passagem pelo país. Em parceria com o artista visual catarinense Wagner Wagz, as obras da fotógrafa fizeram parte de uma exposição durante os três dias de evento, onde foram estampadas em jaquetas confeccionadas e pintadas artesanalmente por Wagz.

 

 

 

 

 

 

Também houve workshops nacionais e internacionais, como do conhecido B-Boy Lilou, da B-Girl Sarah Bee, DJ Kapela e do importante fotógrafo Little Shao.

 

 

 

 

 

 

Além disso, oficinas de dança, batalhas “Bonnie & Clyde”, que pegou fogo entre a dupla carioca B-Girl Savaz e B-Boy Adriano e a dupla nordestina B-Girl Lorinha e B-Boy Suicida.

 

 

Também teve a diferente “Batalha do Chinelo”, criada pelo B-Boy Pelezinho para o evento IBE, na Holanda, a Batalha do Chinelo rolou pela segunda vez no Brasil. Os participantes não podiam deixar o chinelo sair do pé enquanto dançam Breaking. E quem levou a melhor na parada foi o B-Boy Bart. 

 

 

 

 

 

E a incrível batalha de exibição entre duas grandes crews do mundo, a Squadron Crew, diretamente do sul da Califórnia e a brasileira Tsunami All Stars. Essa foi a chance de ver alguns dos melhores B-Boys do mundo em ação, em uma batalha de exibição em que eles mostraram o melhor que sabem fazer. Do lado da equipe californiana Squadron Crew estiveram Luigi, Phil, Pnut e Stripes. Do outro lado, Bart, Neguin, Allmax e Sinistro representaram a força brasileira pela Tsunami All Stars.

 

 

 

Squadron Crew versus Tsunami All Stars
Imagem: ® Breaking World

 

 

 

O evento no Brasil foi um sucesso, deixando um gostinho de “queremos muito mais”!  E agora, o que acontece com os brasileiros que ganharam a Red Bull BC One 2022?

Bom, o próximo desafio é a Last Chance Cypher, onde Leony e Maia lutam por uma vaga na Final Mundial do Red Bull BC One 2022, que acontece dia 12 de novembro, em Nova York. Existem duas formas de fazer parte da competição: a primeira é por convite e a segunda é vencendo a Last Chance Cypher, que é disputada por campeões nacionais do mundo todo.

 

 

 

Imagem: ® Divulgação Red Bull BC One

 

 

 

Todos os anos, alguns breakers são escolhidos pelo seu excelente nível e peso na cena do Breaking. Esses B-Boys e B-Girls fazem parte automaticamente dos 16 participantes da Final Mundial. Pode ser que, dos 16 competidores, em um ano tenha apenas uma ou duas vagas remanescentes, mas esse número pode até quadruplicar dependendo do número de breakers convidados. Estamos na torcida pelos nossos representantes!

 

O Portal Breaking World agradece a todos que acompanharam as transmissões nesses três dias! Estamos juntos família! E a Red Bull BC One pelo respeito com a imprensa e pela oportunidade de mais uma vez registrar esse evento espetacular.

 

Imagem em destaque: ® Breaking World

E aí, gostou da matéria?
Confira mais de nossas notícias!