World Dancer Experience 2022 é um sucesso mostrando versatilidade, técnica e a alma dos dançarinos brasileiros

Aconteceu no último final de semana, no Ginásio Poliesportivo de São Bernardo do Campo (SP), o 2º World Dancer Experience. O evento foi um intensivão internacional de dança. Inscritos tinham mais de 110 dançarinos de todo o Brasil, de 15 anos de idade em diante, do nível intermediário ao profissional. Nos três dias, essas pessoas trabalharam versatilidade, musicalidade, conhecimento corporal, performance de palco, alma na dança e infinitas coreografias, onde o objetivo era elevar o trabalho artístico a outro nível. Esse ano, nomes internacionais como de Matthew Prescot da Broadway Dance Center, Katie Dablos da Step on Broadway, Ashlé Dawson e Geeg Torres, que protagonizou um dos momentos mais animados do intensivo com o Hip-Hop, trouxeram vivências incríveis e muita experiência aos dançarinos presentes. Alguns nomes nacionais, não menos importantes, também enriqueceram o evento com suas caminhadas, são eles: Jhean Alex, Zeca Rodrigues, Adriana Assaf e Li Kirsch. Nos três dias de evento, o Portal Breaking World esteve presente e pode sentir uma vibe diferente de corpos livres, dançantes, que tinham arte nas veias e que em alguns momentos do intensivo transbordavam e escorriam pelos rostos. Conversamos com o dançarino Ricardo Braune, organizador do WDE, antes do evento. Confiram a entrevista na íntegra:


BW: Há quanto tempo você dança? Qual a sua especialização? 

Ricardo Braune: Eu sou Bailarino há 19 anos! Minha especialidade é Jazz Dance.





BW: Como surgiu a ideia de fazer o World Dance Experience? A que público ele é destinado?

Ricardo Braune: A ideia do evento surgiu da nossa própria necessidade de buscar conteúdos internacionais de qualidade, mas conteúdos que realmente aprofundassem e ajudassem o bailarino a ter algum tipo de transformação! Tanto é, que nós dizemos que esse evento não é um workshop e também não é um curso de férias, é uma experiência que vai levar o bailarino ou artista a uma transformação de dentro para fora! É destinado a bailarinos, professores, coreógrafos de Jazz Dance, Ballet Clássico e Hip-Hop, que queriam aprender não apenas sequências, mas que queiram ter algum tipo de transformação na vida e na carreira artística!

BW:  A versatilidade na dança é algo fundamental na carreira de um dançarino?

Ricardo Braune: Na minha opinião é! Imagino que não só na minha, a versatilidade é um dos caminhos para que você tenha um corpo mais inteligente e consiga se expressar de várias formas! A versatilidade te dá muitas possibilidades no mercado e até mesmo para quem é mais especialista, ter conhecimentos de outras áreas te permite ter uma dança mais fluida!

 

 




 

 

BW: O que as companhias de dança nacionais e internacionais esperam hoje de um dançarino?

Ricardo Braune: Acho que não só nas companhias, mas em qualquer trabalho, qualquer contratante espera ter pessoas preparadas para o que vier dentro das propostas! Pessoas íntegras, dispostas e boas! Para isso, é necessário bastante disciplina, estudo, treino e dedicação! E eventos como o WDE podem ajudar muito!

BW: Fale resumidamente tudo que vai acontecer nesses três dias de evento?

Ricardo Braune: São 3 dias muito intensos, onde vamos trabalhar três temas: a Base, a Musicalidade e aquilo que chamamos de Alma! São 4 professores internacionais e 4 professores nacionais, com conteúdos exclusivos para o WDE!

 

 

Dançarinos do World Dancer Experience
Imagem: ® Luciana Mazza

 



BW: E os professores, como foram escolhidos?

Ricardo Braune: Selecionamos os profissionais a dedo, de acordo com os objetivos do evento! Foi feito um balanceamento entre os conteúdos para que fosse uma experiência transformadora! Ir para o exterior, ver e fazer as aulas nos EUA, conversar com inúmeros profissionais e decidir cada professor não é uma tarefa simples! Mas foram escolhidos de acordo com a característica de cada um! Principalmente pensando na questão da versatilidade!

BW: O evento conta com a presença de dançarinos de várias modalidades de dança, correto? Como acontece essa interação e até superação de um estilo clássico, por exemplo, se lançar num Hip-Hop ou alguém que é do Hip-Hop fazer o clássico?

Ricardo Braune: É exatamente essa a proposta, quem tem dificuldade em outros estilos, tem que sair da zona de conforto! Tem que se permitir sair da caixinha para poder desfrutar de uma dança mais fluida! Eu, por exemplo, me especializei em Jazz, mas acho que se eu for contar, mais no início da carreira, minha dificuldade maior era Ballet, então, eu fazia muito mais Ballet que Jazz! Ainda deveria manter essa proporção hoje, mais Ballet do que Jazz e claro que o Hip-Hop me ajudaria muito também! Mas é esse o espírito, trabalhar outras possibilidades!

BW: Quais são suas expectativas para esse evento?

Ricardo Braune: Minha expectativa é de muita energia e muita dança! O que mais importa é no final todo mundo inspirado, com sonhos e metas estabelecidas e muita vontade de realizá-los! 

 





Quem não conhecia esse evento ou não pôde ir esse ano, fica aqui uma boa sugestão para 2023. Depois de passar 3 dias de imersão no WDE ficou um gostinho de quero mais! Lembre-se: um dançarino versátil hoje em dia é ser alguém muito valorizado pelas companhias de dança de todo o mundo e ajuda a atuar em diversos segmentos e tipos de apresentação, sendo necessário, além do amor à dança, profissionalismo, técnica, estratégias de linguagem corporal, expressões faciais, musicalidade, disciplina nos treinos, na vida, são questões que ajudam na ascensão de qualquer dançarino, seja clássico ou não. Ter uma agenda atualizada sobre os melhores eventos, como o WDE, pode ajudar muito na preparação e na formação de quem pretende viver da dança! Por isso, fique de olho no que acontece no mundo da dança à sua volta!

Imagens: ® Luciana Mazza



 

 

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