O Hip-Hop educa? Conheça a história dessa B-Girl
“A convivência com o Hip-Hop Educa me ensinou a crescer, a evoluir e a entender como a união faz a força. Sinto muita falta deles!”. (B-Girl Aninha)
Ela nasceu em Mauá, que é um município da região metropolitana de São Paulo. Sua infância foi bem humilde mas muito divertida.
Foi por meio do Ballet, numa coreografia que envolvia o Hip-Hop que descobriu, ao ser escalada para fazer o movimento principal, que o Breaking era algo mágico e que queria ser uma B-Girl.
Mas foi junto com a família do Hip-Hop Educa e com o B-Boy Suco que cresceu, evoluiu e aprendeu talvez uma das maiores lições de sua vida: “que a união faz a força”.
Estamos falando da B-Girl Aninha, hoje com 15 anos a menina começa a dar espaço para o nascimento de uma vigorosa jovem, atualmente ela mora com seus pais em Peruíbe, no litoral paulista. A mudança se deu pela busca da tranquilidade na vida praiana. Aninha conversou com o Portal Breaking World e falou sobre sua vida, suas vitórias, suas saudades, suas opiniões e sobre o futuro. Confira a entrevista:
BW: Queria que você falasse um pouco de você, sobre a sua infância e das lembrança que tem dessa época.
Aninha: Meu nome é Anna Carolyne de Sousa Diamantino, tenho 15 anos, tenho 4 irmãos por parte de pai e 2 irmãos por parte de mãe. Eu nasci na cidade de Mauá, em SP e morei em um lugar bem humilde. Minha infância foi incrível e divertida.

BW: Quando teve contato pela primeira vez com a Cultura Hip-Hop? Onde e como foi isso? Quando começou a dançar Breaking?
Aninha: Por incrível que pareça, tive contato pela primeira vez em uma coreografia de Ballet. Minha professora montou uma coreografia que envolvia o Hip-Hop e eu fui escolhida para fazer o movimento principal da coreografia.
BW: Como sua família via seu interesse pela dança? Você teve apoio da família?
Aninha: A minha família notou esse interesse no momento da coreografia. Sim, tenho muito apoio deles, tanto do meu pai quanto da minha mãe e dos meus irmãos.
BW: Fale sobre como era o tempo que treinava com o B-Boy Suco e como era viver com a família Hip-Hop Educa? Você sente falta deles?
Aninha: Era sensacional! Ele é um professor muito dedicado, disciplinado para com seus alunos, sempre transmitia sua alegria para todos. A convivência com o Hip-Hop Educa me ensinou a crescer, a evoluir e a entender como a união faz a força. Sim, sinto muita falta deles!

BW: Tiveram movimentos mais difíceis de aprender do que outros ou foram todos tranquilos de aprender?
Aninha: Sim, tiveram movimentos difíceis que demorei mais para aprender.
BW: Você participou de vários eventos e ganhou alguns deles. Fale dos principais eventos e das grandes vitórias.
Aninha: Um dos principais eventos, que foi muito marcante, foi a segunda vez que fui para Diadema, no Beija-flor. E uma das grandes vitórias foi quando eu fui para Tattoo Week pela primeira vez e consegui levar a vitória para casa. Participei de muitos eventos e tive grandes vitórias, mas esses foram os principais que mais me marcaram.
BW: Já competiu fora do país? Alguma vez pensou em ir morar fora do Brasil?
Aninha: Não, mas já tive a chance. Sim
BW: Estudar e dançar: como você organiza isso? Em que série você está? Na escola é normal pedirem para você dançar?
Aninha: Em relação a isso é bem tranquilo, consigo me organizar muito bem. Estou na 1ª série do Ensino Médio. Na escola atual não, mas na anterior sempre pediam para eu dançar.
BW: Ano passado você mudou de São Paulo para Peruíbe, no litoral. O que a levou a trocar a vida agitada de São Paulo pela vida do litoral?
Aninha: Meus pais decidiram trocar essa vida agitada, pois queriam mais tranquilidade e menos agitação.
BW: Como você tem vivido esses dias de pandemia no litoral? O que tem feito?
Aninha: Tenho vivido muito bem. Estou estudando bastante, ajudando a minha mãe e treinando muito.
BW: O que acha dos eventos on-line que estão acontecendo nesse momento e dessa nova forma de participar de eventos? Como acha que será o futuro para os B-Boys e as B-Girls pós pandemia?
Aninha: Estou achando bem legal. Na minha opinião, isso depende de cada um, muitos não tem lugares para treinar, mas sei que alguns estão tentando continuar nessa batalha e evoluir.
BW: Muito tem se falado do Breaking nas Olimpíadas. O que pensa sobre isso? Você gostaria de ir para as Olimpíadas?
Aninha: Achei muito interessante, isso será uma chance para todos nós de sermos reconhecidos
BW: O que hoje significa o Breaking na sua vida? Quais são seus planos para o futuro e seus sonhos?
Aninha: Pra mim significa tudo, o Breaking faz parte de mim, é uma dança que me faz sentir leve e contente. Ainda não me decidi o que eu realmente quero para o meu futuro, mas sei que o Breaking continuará sendo o meu hobby.
BW: Deixe uma mensagem para os leitores do Portal Breaking World que estão lendo essa entrevista…
Aninha: E aê galera? Continue se esforçando e dando o melhor de si pelo o que você gosta, desistir jamais, persistir sempre! Um abraço para todos!
Fotos: Arquivo Pessoal/The Sarará