Premiação Arte em Movimento acontece em Guarulhos e destaca a participação das mulheres na Cultura Hip-Hop
Aconteceu neste último domingo em Guarulhos, a 6ª edição do Troféu Arte em Movimento, organizado pelo artista plástico e ativista cultural José Pereira de Souza, conhecido na cena como Zep.
O artista deu o nome ao Troféu de Arte em Movimento, porque representa uma linguagem universal, da arte que nunca para. O troféu é dado aos melhores em todas as modalidades de Arte.
Apesar de vivermos em dias de pandemia, o evento aconteceu, num buffet em Guarulhos, reunindo a maioria dos indicados. Na porta, era aferido a temperatura e exigido o uso de máscaras.
Um dos momentos mais esperados do evento foi o espaço reservado às mulheres da Cultura Hip-Hop. Muitas delas foram lembradas, reconhecidas e homenageadas. Nossa editora, jornalista Luciana Mazza, foi uma delas. Ela relata: “Foi um momento muito especial para todas nós! Levando em consideração a situação mundial que estamos vivendo e todos os cuidados e protocolos envolvidos, foram algumas horas bem renovadoras e gratificantes. Houve um encontro de mulheres de gerações diferentes e isso foi muito importante, cada uma com sua história e com sua experiência. Tiveram meninas que viajaram para receber esse reconhecimento. O Zep e a Mônica, do conhecido “Nós no Rolê” estão de parabéns, assim como todos os outros que fizeram indicações”, conclui.
Para Patricia Souza, o evento foi surpreendente, são dela as palavras: “E eu pensando que iria buscar um prêmio e sai de lá com 3. Foi uma surpresa maravilhosa e gratificante. Nosso carinho e respeito aos organizadores, a Mônica e a todas que estavam no local. Pois se recebemos é porque somos muito boas no que fazemos! Devemos dar continuidade no nosso segmento, com mais força”.
B-Girl Cris, que é Mestra em Educação, arte-educadora, escritora e pesquisadora, fez coro e acrescentou: “Gratidão às minhas ancestrais, ao sagrado feminino, ao Hip-Hop, que a arte chegue antes das armas, que o Hip-Hop chegue antes das armas… Exale amor e receba amor… O Hip-Hop me salvou. “O Hip-Hop faz parte das lutas da população negra, a arte negra, o Hip-Hop em se encorajou e nutriu uma comunidade política de luta pela liberdade, também acolheu mulheres que puderam encontrar a voz” (Ângela Davis). Gratidão aos que acreditam nisso! Foi muito emocionante, todas sintam-se abraçadas…”, conclui.
A nova geração também marcou presença e foi lembrada, mesmo não estando presente. Destaque para Sara Cipri, que com seu boombox encantou a todos na hora de receber o seu troféu.
Na mesma noite, uma apresentação de Breaking comandada pelo Jabaquara Breakers animou a noite, mostrando o elemento e sua riqueza dentro da cultura.
O Troféu Arte em Movimento foi um sucesso, reconhecendo os melhores profissionais do país em 2020.
Fotos: Luciana Mazza e Reprodução