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Breaking World 2020 10 05 artigos e entrevistas nathana 12
5 de outubro de 2020

Quem a fez chorar terá que vê-la na E- Battle da Red Bull BC One representando o Brasil

“… teve uma pessoa que me fez chorar muitas vezes, dizendo que minha dança era desengonçada e que eu não chegaria a lugar algum, mas eu tomei isso de raiva e passei a treinar para pegar e rachar com essa pessoa, mas nunca rachamos e essa pessoa hoje já parou de dançar e eu continuo.” (B-Girl Nathana)

 


Ela nasceu em Uberlândia, perdeu o pai com 5 anos em um acidente, mas sempre teve o amor e o carinho da mãe. Começou a dançar com 16 anos e não parou mais, na sua caminhada, enfrentou preconceitos pelo fato de ser mulher e até escutou comentários que fariam muitas pessoas desistirem da própria dança. Mas ela não!

Nathana Vieira Venancio ou B-Girl Nathana, como é conhecida na cena, sempre foi forte e usou o comentário negativo para crescer e evoluir na própria dança. Sendo uma verdadeira inspiração para quem pretende ir longe no Breaking. Atualmente, ela acaba de receber a notícia que está nos Top 16 da E-Battle da Red Bull BC One. No evento se inscreveram e mandaram vídeos B-Boys e B-Girls do mundo inteiro, então, sem dúvida essa menina de Uberlândia só tem motivos para se alegrar.

O Portal Breaking World conseguiu uma exclusiva com ela. Estamos na torcida, Nathana! Leia a entrevista:

 


BW: Queria que você falasse um pouco da sua infância, onde nasceu e cresceu.

Nathana: Eu nasci e fui criada em Uberlândia, Minas Gerais, perdi meu pai com 5 anos em um acidente, então sempre tive minha mãe como pai e mãe, sempre fui muito apegada a ela, acho que por isso, uma menina muito estudiosa e desde pequena gostava da área de artes, com 12 anos comecei a fazer aulas de teclado e bateria e somente depois, com 16 anos, que conheci a dança.



Nathana sempre gostou de arte, música e dança.





BW: Quando teve contato pela primeira vez com a Cultura Hip-Hop? E quando o Breaking começou a fazer parte da sua vida? 

Nathana: Eu tive o contato com 16 anos por meio de um professor de Street Dance, ele era B-Boy e foi ele quem me apresentou e me ensinou durante um tempo da minha vida, o Breaking começou a fazer parte da minha vida totalmente em 2013, quando decidi viver profissionalmente com a dança.

 

BW: Você aprendeu o Breaking com alguém? Quem eram suas referências na dança?

Nathana: No começo eu aprendi com esse professor de Street Dance, ele se chama Fagundes, mas depois ele teve que se mudar de cidade, então, continuei a caminhada sozinha, minhas maiores referências quando comecei foi a Flow Mo Crew, B-Girl Taya, B-Boy Keebz, Top 9 e B-Girls do Brasil como Fabgirl, Bibi, Miwa e dentre outras pessoas.

 

BW: Em que ano começou a dançar? Como sua família e todos que estavam à sua volta viam isso? Você teve apoio de alguém? 

Nathana: Comecei em 2007, minha família não gostava pelo fato de ter poucas mulheres, eu era menor de idade e sempre chegava tarde em casa, no começo não tive o apoio porque eles não viam isso como profissão, para a minha mãe era como passatempo ou hobby. 



Às vezes subestimada ou desacreditada, mas sempre superando os obstáculos.





BW: Ser mulher e dançar Breaking, alguma vez se sentiu hostilizada por isso? Sofreu algum tipo de preconceito dentro ou fora da cultura? 

Nathana: Sim, no começo sofri muito quando comecei, muitas pessoas desacreditavam só pelo fato de ser mulher, enfim, me subestimaram muitas vezes também, hoje que melhorou muito.

 

BW: Verdade que na sua vida existiram pessoas que tentaram te desestimular? Conte isso e nos mostre como superou.

Nathana: Sim, me recordo que teve uma pessoa que me fez chorar muitas vezes, dizendo que minha dança era desengonçada e que eu não chegaria a lugar algum, mas eu tomei isso de raiva e passei a treinar para pegar e rachar com essa pessoa, mas nunca rachamos e essa pessoa hoje já parou e eu estou na ativa ainda, eu peguei uma coisa negativa e fiz isso como motivação para treinar e evoluir.

 

BW: Nathana, certa vez você falou que para as mulheres têm movimentos que são mais difíceis. No entanto, lá fora, existem grandes exemplos de mulheres que são B-Girls completas e que fazem todos os fundamentos, dominando inclusive os Power Moves. O que dificulta no Brasil atingir essa realidade? 

Nathana: Acho que talvez hoje, com a tecnologia e toda facilidade que temos, se pegarmos um tutorial de como fazer da maneira certa e com a técnica certa, iremos aprender. Isso vai depender do foco e esforço de cada uma, porque quando eu comecei não havia professores e essa tecnologia que temos hoje, então, muitas coisas que sei fazer hoje aprendi sozinha, na raça, treinei muito tempo errado, aprendia de forma errada, se eu tivesse essa consciência e todas as ferramentas que tenho hoje, eu estaria além de tudo que sei fazer hoje. Eu acho na minha humilde opinião e ponto de vista, então, acho que falta isso, essa determinação de estudar o movimento e querer aprender e dedicar seu tempo a isso.



Nathana além de competir em eventos nacionais e internacionais é também jurada.





BW: Que movimentos do Breaking foram mais difíceis para você? 

Nathana: O que tem me custado a aprender ainda é o flare e o hallo.

 

BW: Fale um pouco sobre sua relação com a sua Crew?

Nathana: Hoje eu faço parte de 3 Crews que são We Can Do It B-Girls, do qual eu sou uma das fundadoras e também Rock Niggaz e Gangsta Squad, as pessoas da minha crew são as minhas inspirações, elas sempre me motivam e falam daquilo que preciso melhorar, críticas construtivas, a importância de ter pessoas lado a lado com você é grande, ter essa ajuda e companheirismo é muito válido, as meninas sempre estão a me passar energias positivas, enfim, sou muito grata a todos da Crew.

 

BW: Fale dos eventos de destaque que participou no Brasil e no exterior? Como é para você competir fora do país?

Nathana:  Tive bastante experiência em eventos fora, ganhei eventos no México, como Funk Paradise, Freestyle Session, Eurobattle em Portugal e dentre outros, para mim competir em outro país cada vez que vou é uma forma diferente que me sinto, porquê cada evento tem uma sensação diferente, mas me sinto honrada e com uma responsabilidade sempre de dar o meu melhor e poder representar meu país e as minhas Crews.

 

BW: Agora você chegou no Top 16 da E-battle da Red Bull. Nos fale dessa conquista e como você se sente. 

Nathana: Eu me sinto honrada e muito motivada, porque só de estar no Top 16 da Red Bull já é uma conquista gigante, porque sei que pessoas do mundo inteiro enviaram os seus vídeos, então, quero poder agarrar essa oportunidade e fazer valer a pena.

 

BW:  Nos conte um pouco sobre sua rotina de treinos e como tem se preparado para essa competição que ainda vai acontecer. 

Nathana: Tenho montado estratégias porque não posso deixar dúvidas, tenho estudado as oponentes que estou pegando em cada fase, acredito que isso tem me ajudado, porque cada um tem um jeito diferente de dançar, então tenho que ter essa estratégia, porque quero pegar cada uma em seu ponto fraco. Desde o começo desse ano e da pandemia, resolvi me dedicar mais ainda aos treinos e a minha evolução, porque quero poder ser melhor que eu mesma, então, estou nessa disciplina de treinos constantes, sem faltar a treinos mesmo cansada, mesmo com problemas, quando fiquei sabendo que estava no Top 16 já tenho me preparado psicologicamente porque isso é importantíssimo e estou treinando essa semana todas as entradas que tenho que soltar para a Red Bull, nada de treinar coisas novas para não correr o risco de me machucar, então, tenho repassado tudo e me concentrado naquilo que preciso fazer e 2 dias antes da batalha só irei descansar, relaxar e manter o foco. 

 

BW: O fato de você representar o Brasil contra o Japão, que tem um histórico de ter grandes B-Girls te cria alguma ansiedade? Como você tem trabalhado o seu psicológico? 

Nathana: Não procuro pensar nisso, até porque no Top 32 eu batalhei contra uma B-Girl do Japão e nem cheguei a pensar nisso, penso que vou estar ali defendendo o meu estilo e quero poder representar bem o país, penso em dar o meu melhor, sem deixar dúvidas.

 

BW: Como têm sido seus dias nessa época de pandemia? 

Nathana: Tenho trabalhado, estudado e treinado bastante, me cuidando, enfim, ficando em casa.

 

BW: Fale um pouco dessa nova realidade dos eventos on-line. E como tem sido isso para você? 

Nathana: Essa realidade não sei quanto tempo vai durar, mas tem servido de motivação e também é uma forma de oportunidade para quem não pode viajar para fora e aparecer na cena mundial, está aí uma boa oportunidade que não podemos perder.

 

BW: Você também é jurada de alguns eventos, correto? Julgar a dança de uma outra pessoa é algo difícil? Que critérios você utiliza na hora do julgamento? 

Nathana: Sim, sou jurada de muitos eventos, acredito que é difícil porque sempre falo que cada um tem sua arte e seu jeito de dançar, ali vai vencer o melhor naquele momento, não que a pessoa seja a melhor, eu julgo Limpeza, Originalidade, Musicalidade, Fundamentos, Personalidade.



Nathana já ganhou eventos no México, Portugal e em vários estados do Brasil.





BW:  O que significa hoje o Breaking na sua vida?

Nathana: O Breaking é a minha vida, faz parte de mim.

 

BW: Quem hoje é a Nathana?   

Nathana: Hoje eu sou a B-Girl Nathana, que acorda e dorme como B-Girl, que pensa em construir uma história e ser referência na vida das pessoas, que ajuda o próximo, que pensa em crescer e ir além e deixar um legado.

 

BW: Deixe uma mensagem para os leitores do Portal Breaking World?

Nathana: Gente: obrigado por lerem essa matéria, Deus abençoe a vida de vocês, continuem, não desanimem! Estejam bem e fiquem em casa, se cuidem.

Fotos: Arquivo Pessoal/BreakSP/Multiforme

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