Dançarinos com o novo coronavírus precisam reforçar cuidados com o coração
Médicos analisam estudo e ressaltam que dançarinos e atletas que contraíram o novo coronavírus precisam ficar afastados de atividades físicas de três a seis meses
Um jornal de Belo Horizonte, recentemente, publicou uma matéria falando que após a paralisação causada pela pandemia do novo coronavírus em boa parte do planeta, grandes ligas do futebol mundial já possuem sinal verde para o retorno, apesar de restrições e adaptações.
No Brasil, a divisão regional evidencia que ainda não há consenso para que o esporte volte de forma segura.
São muitas as dúvidas e preocupações em caso de possível infecção e um desses problemas foi alvo de estudo de um grupo de cardiologistas dos Estados Unidos, publicado há duas semanas pelo JAMA (Journal of the American Medical Association), revista científica da Associação Americana de Medicina.
O artigo “Um plano de jogo para a retomada do esporte e do exercício após a infecção por Covid-19” fala da relação entre a doença e o coração. Segundo o estudo, cerca de 22% de pacientes que ficaram internados tiveram incidência da miocardite, uma inflamação do miocárdio, músculo responsável pela contração do coração. Essa lesão é uma das situações que mais chamou a atenção do cardiologista Alan Max, que analisou o estudo para o SUPER.FC. “O coronavírus tem uma atração pelo coração. Tem uma porcentagem muito grande de pacientes que têm o coronavírus e acabam apresentando lesões cardíacas. O grande problema dessa miocardite é que pacientes têm que ficar afastados de atividades físicas de três a seis meses, porque ela facilita muito arritmias, até arritmias malignas, principalmente durante atividades físicas”, analisou.
O médico explica que quem teve miocardite decorrente da Covid-19 precisa ficar afastado das atividades, seja atleta profissional ou amador. “Uma atividade forçada nesses pacientes pode ocasionar inclusive uma parada cardíaca e esse paciente vir a óbito”, concluiu o médico.
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